ATA DA NONAGÉSIMA QUINTA SESSÃO ORDINÁRIA DA
TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM
29-10-2007.
Aos vinte e nove dias do
mês de outubro do ano de dois mil e sete, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha
do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas
e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos Vereadores
Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Dr. Goulart, Dr. Raul,
Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, José Ismael Heinen e
Luiz Braz e pelas Vereadoras Margarete Moraes e Maristela Meneghetti.
Constatada a existência de quórum, a Senhora Presidenta declarou abertos os
trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha,
Almerindo Filho, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia
Maranhão, Elias Vidal, Ervino Besson, João Carlos Nedel, Marcelo Danéris,
Márcio Bins Ely, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Maffei, Mauro Pinheiro,
Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Newton Braga Rosa, Nilo Santos, Sofia Cavedon e
Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados: pelos Vereadores Adeli Sell, Alceu
Brasinha, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Dr.
Goulart, Dr. Raul, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Guilherme
Barbosa, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Márcio Bins Ely,
Maria Luiza, Mario Fraga e Newton Braga Rosa, o Projeto de Resolução nº 078/07
(Processo nº 6684/07); pelo Vereador Alceu Brasinha, o Pedido de Providência nº
4738/07; pelo Vereador Aldacir Oliboni, o Projeto de Lei do Legislativo nº
244/07 (Processo nº 7852/07) e os Pedidos de Providência nos 4734 a
4737/07; pelo Vereador Bernardino Vendruscolo, os Pedidos de Providência nos
4714 e 4715/07; pelo Vereador Claudio Sebenelo, os Pedidos de Providência nos
4739 a 4744/07; pelo Vereador Haroldo de Souza, os Pedidos de Providência nos
4716 a 4733/07; pelo Vereador José Ismael Heinen, o Projeto de Lei do
Legislativo nº 237/07 (Processo nº 7479/07); pela Vereadora Margarete Moraes,
os Pedidos de Informação nos 186, 187 e 188/07 (Processos nos
8348, 8366 e 8367/07, respectivamente); pela Vereadora Maria Luiza, os Pedidos
de Providência nos 4711 a 4713/07. Também, foram apregoados os
seguintes Ofícios, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre: de nº 1387/07,
encaminhando Veto Parcial ao Projeto de Lei do Legislativo nº 070/05 (Processo
nº 1461/05); de nos 1388 e 1389/07, encaminhando, respectivamente,
os Projetos de Lei do Executivo nos 025 e 024/07 (Processos nos
8327 e 8326/07). Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos 1937 e
1938/07, da Senhora Fernanda Almeida Cappelini, Supervisora de Produtos de
Repasse da Caixa Econômica Federal – CEF –; 2567/07, do Senhor Paulo César
Hack, Gerente de Desenvolvimento Urbano da CEF; Comunicados nos
140874 e 149270/07, do Senhor Daniel Silva Balaban, Presidente do Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. A seguir, foi iniciado o GRANDE
EXPEDIENTE, tendo a Senhora Presidenta informado que, durante esse período,
seria realizada homenagem destinada a assinalar o transcurso do Dia do
Comerciário. Compuseram a Mesa: a Vereadora Maristela Meneghetti, 1ª
Vice-Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre, no exercício da
presidência, e o Senhor Cláudio Guimarães, Secretário-Geral do Sindicato dos
Empregados do Comércio de Porto Alegre – SINDEC. Em GRANDE EXPEDIENTE, o
Vereador José Ismael Heinen destacou a importância dos trabalhadores do
comércio para a sociedade porto-alegrense e brasileira, referindo-se à história
da organização sindical dessa categoria e à sua contribuição na conquista de
direitos trabalhistas. Nesse contexto, enalteceu o trabalho do SINDEC em defesa
de seus filiados, em especial na negociação de acordo coletivo com relação ao
funcionamento do comércio aos sábados, domingos e feriados. Em continuidade, a
Senhora Presidenta concedeu a palavra ao Senhor Cláudio Guimarães, que, em nome
do SINDEC, agradeceu a homenagem hoje prestada pela Câmara Municipal de Porto
Alegre. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Márcio Bins Ely cumprimentou os
empregados do comércio presentes neste Plenário pelo transcurso, amanhã, do Dia
do Comerciário, mencionando a participação deste Legislativo em conquistas de
direitos por essa categoria. Em relação ao assunto, apontou propostas do SINDEC,
que beneficiam seus filiados, como a disponibilização de creches e a oferta de
cursos de qualificação profissional e de assistência jurídica. Às quatorze
horas e cinqüenta e cinco minutos, os trabalhos foram regimentalmente
suspensos, sendo retomados às quatorze horas e cinqüenta e oito minutos,
constatada a existência de quórum. Após, foi apregoado Requerimento de autoria
da Vereadora Maria Celeste, solicitando Licença para Tratamento de Saúde no dia
de hoje, tendo a Senhora Presidenta declarado empossado na vereança o Suplente
Mauro Pinheiro, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Economia,
Finanças, Orçamento e do MERCOSUL. Na ocasião, foi apregoada Declaração firmada
pelo Vereador Adeli Sell, Líder da Bancada do PT, informando o impedimento do
Suplente Gerson Almeida em assumir a vereança no dia de hoje, em substituição à
Vereadora Maria Celeste. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Guilherme Barbosa
discorreu acerca da implantação, em Porto Alegre, do Programa Nacional de Iluminação
Pública Eficiente, salientando que essa iniciativa propiciará mais economia e
melhores condições de iluminação na Cidade. Sobre o tema, formulou questionamentos
à Secretaria Municipal de Obras e Viação acerca da execução desse projeto,
mostrando-se contrário à possibilidade de contratação de empresa privada para
realização desse empreendimento. O Vereador José Ismael Heinen reiterou sua
posição contrária à prorrogação da vigência da Contribuição Provisória Sobre
Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza
Financeira – CPMF. Nesse sentido, ressaltou a alta carga tributária atualmente
constatada no Brasil e afirmou que os serviços oferecidos à população, em
contrapartida, são de baixa qualidade, justificando ser necessária a redução dos
impostos para o desenvolvimento do País. O Vereador Adeli Sell, declamando
trecho do poema “O Livro e a América”, de Castro Alves, saudou o início da 53ª
Feira do Livro de Porto Alegre e asseverou que a Bancada do PT analisará
profundamente questões relativas à cultura na revisão do Plano Diretor de
Desenvolvimento Urbano Ambiental. Ainda, criticou a gestão do Governo
Municipal, apontando deficiências nas áreas de assistência social e limpeza
urbana e na manutenção dos ônibus da Companhia Carris Porto-Alegrense. O
Vereador Márcio Bins Ely aprovou a criação, neste Governo, da Secretaria
Municipal da Juventude, exclamando que essa iniciativa demonstra o compromisso
do Prefeito Municipal José Fogaça com o desenvolvimento de políticas públicas
voltadas à melhoria da qualidade de vida dos jovens. Nesse contexto, apresentou
dados relativos à aplicação, em Porto Alegre, do Programa Nacional de Inclusão
de Jovens: Educação, Qualificação e Ação Comunitária. O Vereador Marcelo
Danéris criticou a gestão do Prefeito José Fogaça, fazendo um balanço dos dez
primeiros meses do corrente ano em relação ao Governo Municipal. Nesse sentido,
mencionou, principalmente, como exemplo dessa análise, a paralisação dos servidores
públicos, problemas nas reuniões para discussão do Plano Diretor, a crise na saúde
pública, a troca de Partido Político do Prefeito José Fogaça, a violência na Cidade
e denúncias acerca de irregularidades na Secretaria Municipal da Juventude. Em
prosseguimento, o Vereador Ervino Besson manifestou-se acerca do comparecimento
neste Legislativo do Senhor Mauro Zacher, Secretário Municipal da Juventude,
agendado para o dia oito de novembro do corrente. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador
Dr. Goulart elogiou a iniciativa do Governo Municipal, de disponibilizar
computadores conectados à internet e equipados com câmaras de vídeo, para que
pacientes infantis em tratamento contra o câncer nos Hospitais Santa Rita e
Santo Antônio possam se comunicar com seus familiares e amigos e, assim,
abrandar o sofrimento decorrente dessa doença. Ainda sobre o tema, destacou o
trabalho técnico da PROCEMPA em instalar esses equipamentos. Em PAUTA ESPECIAL,
Discussão Preliminar, esteve, em 4ª Sessão, o Projeto de Lei do Executivo nº
021/07, discutido pelos Vereadores Adeli Sell, João Antonio Dib, José Ismael Heinen,
João Carlos Nedel e Márcio Bins Ely. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Alceu
Brasinha replicou afirmações feitas pelos Vereadores Marcelo Danéris, Carlos
Todeschini e Guilherme Barbosa, durante a presente Sessão, de críticas ao atual
Governo Municipal, relatando problemas na gestão do Partido dos Trabalhadores,
nos dezesseis anos em que este Partido governou a Cidade. Sobre o tema,
justificou que há várias obras sendo realizadas em Porto Alegre e que a
população tem aprovado o mandato do Senhor José Fogaça na Prefeitura Municipal.
A Vereadora Margarete Moraes comentou a instalação, hoje, da Comissão Especial
constituída nesta Casa para avaliar e discutir o Projeto de Lei Complementar do
Executivo nº 008/07, que dispõe sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano
Ambiental de Porto Alegre. Ainda, defendeu a participação da Bancada do PT na
coordenação dessa Comissão e questionou a escolha do Vereador Dr. Goulart para
a Sub-Relatoria de Proteção e Preservação do Patrimônio Cultural e
Natural. O Vereador Luiz Braz reportou-se ao pronunciamento de hoje da
Vereadora Margarete Moraes, em Comunicação de Líder, referente à instalação dos
trabalhos e escolha do grupo coordenador da Comissão Especial para análise do
Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/07. Acerca do assunto,
ressaltou a importância da atuação conjunta dos Vereadores para que sejam
encontradas fórmulas mais adequadas para garantir o desenvolvimento de Porto
Alegre. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de
Lei Complementar do Legislativo nº 019/07, discutido pelo Vereador João Antonio
Dib; os Projetos de Lei do Legislativo nos 210, 225, 234, 238,
050/07, este discutido pelos Vereadores Adeli Sell, Guilherme Barbosa e João
Carlos Nedel, e 177/07, discutido pelos Vereadores João Antonio Dib e José
Ismael Heinen, o Projeto de Lei do Executivo nº 022/07, discutido pelo Vereador
João Antonio Dib, o Projeto de Resolução nº 006/07; em 2ª Sessão, os Projetos
de Lei do Legislativo nos 140, 189, 197, 209 e 227/07, os três
últimos discutidos pelo Vereador João Antonio Dib; em 3ª Sessão, os Projetos de
Lei do Legislativo nos 194, 229, 235/07, discutidos pelo Vereador
João Antonio Dib, e 213/07, discutido pelo Vereador José Ismael Heinen, o
Projeto de Lei do Executivo nº 020/07. Na oportunidade, a Senhora Presidenta
registrou o transcurso, ontem, do aniversário do Vereador Nereu D'Avila,
procedendo à entrega, em nome da Mesa Diretora, de um cartão de felicitações a
Sua Excelência. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Maristela Maffei saudou a
adesão da Universidade Federal do Rio Grande do Sul ao Programa de Apoio a
Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI. Também,
abordou o Decreto Federal nº 5.820/06, que dispõe sobre a implantação do
Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre, sublinhando que esse Decreto
prevê a criação de quatro canais abertos de televisão destinados à exploração
direta pelo Poder Público. A Vereadora Clênia Maranhão ressaltou a
importância do Projeto Estação Digital, desenvolvido pela PROCEMPA em parceria
com a Irmandade da Santa
Casa de Misericórdia de Porto Alegre, com a finalidade de permitir o acesso à
internet às crianças vítimas de câncer internadas em unidades desse complexo
hospitalar. Ainda, reportou-se à pesquisa realizada para medição dos índices de
pobreza em Porto Alegre, que poderão definir melhor a aplicação de recursos
públicos na Cidade. O Vereador João Antonio Dib discorreu criticamente acerca
da instituição de Medidas Provisórias por parte do Governo Federal, especialmente
nos últimos dois anos, justificando que essas iniciativas não têm respaldo
jurídico e citando como exemplos a proibição da venda de bebidas alcoólicas nas
rodovias e a criação da Secretaria de Ações Especiais de Longo Prazo, ocupada
pelo Senhor Mangabeira Unger. Também, citou exemplos de Medidas Provisórias
editadas pelo Poder Executivo de Porto Alegre, na época em que o PT gerenciava
a Cidade. O Vereador José Ismael Heinen comentou adulteração verificada no
leite industrializado por empresas do Estado de Minas Gerais, conforme
investigado pela Operação Ouro Branco,
empreendida pela Polícia Federal. Ainda, destacando que notícias a respeito
desse assunto têm provocado pânico junto à população, propugnou por mais rigor
na fiscalização exercida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, para
que seja garantida a tranqüilidade dos consumidores brasileiros. O Vereador
Haroldo de Souza aludiu à possibilidade da escolha do Brasil como sede da Copa
do Mundo do ano de dois mil e quatorze, avaliando exigências de infra-estrutura
necessárias para esse evento, em especial quanto a transporte, rede hoteleira e
segurança pública. Sobre o tema, analisando a conjuntura econômica brasileira,
afirmou que, mesmo sendo Sua Excelência um cronista esportivo apaixonado por
futebol, sua posição é contrária à escolha do País para sediar esse campeonato.
A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal,
formulado pela Vereadora Maristela Meneghetti, solicitando alteração na ordem
de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia, nos termos estabelecidos em
reunião da Mesa Diretora com o Colégio de Líderes. Às dezessete horas e
cinqüenta e um minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos para a
realização de reunião conjunta de Comissões Permanentes, sendo retomados às
dezoito horas e trinta e seis minutos, constatada a existência de quórum. Em
Discussão Geral e Votação Nominal, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº
184/07, o qual teve sua votação adiada por uma Sessão, a Requerimento,
aprovado, de autoria do Vereador Claudio Sebenelo. Em Discussão Geral e
Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 029/07, o qual teve sua
discussão adiada por uma Sessão, a Requerimento, aprovado, de autoria do
Vereador Dr. Goulart. Após, por solicitação da Vereadora Clênia Maranhão, foi
realizada verificação de quórum, constatando-se a existência do mesmo. Em
Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 020/07, o
qual, após ser discutido pelo Vereador Mario Fraga, teve sua discussão adiada
por uma Sessão, a Requerimento, aprovado, de autoria do Vereador Adeli Sell. Em
continuidade, o Vereador João Antonio Dib manifestou-se, procedendo à leitura
do artigo 158 do Regimento, relativo ao quórum necessário para ingresso na
Ordem do Dia e discussão da matéria a ser apreciada nesse período da Sessão.
Durante a Sessão, foram apregoadas as seguintes Emendas ao Projeto de Lei do
Executivo nº 021/07 (Processo nº 8022/07): de nos 03, 04, 05, 06, 07
e 08, de autoria do Vereador Mario Fraga; de nos 09, 10, 11, 12, 13, 14, 15 e 16, de autoria do Vereador Almerindo Filho;
de nos17, 18, 19 e 20, de autoria do Vereador Ervino Besson; e de nº 21, de
autoria dos Vereadores Ervino Besson, Carlos Comassetto e José Ismael Heinen.
Às dezoito horas e quarenta e oito minutos, constatada a inexistência de
quórum, em verificação solicitada pelo Vereador Alceu Brasinha, a Senhora
Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores
para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os
trabalhos foram presididos pelas Vereadoras Maristela Meneghetti e Neuza
Canabarro e pelo Vereador João Carlos Nedel e secretariados pelos Vereadores
Alceu Brasinha e Aldacir Oliboni. Do que eu, Alceu Brasinha, 1º Secretário,
determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será
assinada por mim e pela Senhora Presidenta.
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Passamos ao
Hoje, este período é destinado a assinalar o
transcurso do Dia do Comerciário, nos termos do Requerimento nº 134/07, de
autoria do Ver. José Ismael Heinen.
Convidamos para compor a Mesa o Sr. Cláudio
Guimarães, Secretário-Geral do Sindec e Presidente da Força Sindical.
O Ver. José Ismael Heinen, proponente desta
homenagem, está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de tempo do
Ver. Adeli Sell.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma
Srª Maristela Meneghetti, na presidência dos trabalhos, quero cumprimentar o
Sr. Cláudio Guimarães, nacionalmente conhecido como Janta, Secretário-Geral do
Sindec e Presidente da Força Sindical; as colegas Vereadoras, os colegas
Vereadores, as demais autoridades aqui presentes, notadamente Diretores e
funcionários do Sindicato, os representantes da imprensa, as senhoras e os
senhores.
Antes de começarmos o nosso discurso de homenagem,
quero abrir um parêntese para cumprimentar e agradecer ao colega Adeli Sell,
Líder da Bancada do Partido dos Trabalhadores, que gentilmente cedeu o seu
precioso tempo para que eu pudesse usar o tempo do Grande Expediente. Muito
obrigado, ilustre Vereador.
Tenho a dizer,
senhoras e senhores, que é com muita honra que venho hoje a esta tribuna para
homenagear a mais importante categoria da nossa comunidade porto-alegrense,
gaúcha e brasileira: os trabalhadores do comércio. Praticamente nasci, também,
atrás de um balcão, onde, com certeza, batia um coraçãozinho pequeno, quando
meus pais, lá no Interior, nas Missões, tinham a sua venda, e nós, desde
pequenos, ajudávamos nas suas empreitadas. Depois, o meu pai se tornou
caixeiro-viajante e, mais tarde, comerciário em um supermercado em Santa Rosa,
quando eu tive que partir para cumprir com o meu dever e sentar praça no
Exército.
Comemoramos,
com muito orgulho, em 30 de outubro, o Dia do Comerciário. As novas gerações de
comerciários talvez não tenham conhecimento do longo caminho percorrido, Sr.
Presidente Cláudio, por seus antecessores, na busca de melhores condições, na
luta pela conquista de seus direitos.
Essa
história começou a ser construída, vejam os senhores, em 1908, quando talvez,
pioneiramente, o com certeza precursor Turíbio da Rosa Garcia e alguns
companheiros criaram a União dos Empregados de Comércio do Rio de Janeiro.
Naqueles duros anos, a exploração e os abusos pelas empresas retratavam
condições de trabalho quase escravo. Muitos empregados dormiam no emprego, sem
tempo para voltar para casa após mais de 16 horas de jornada de trabalho.
As
próximas décadas foram dedicadas à conscientização, não somente dos empregados
e empregadores, mas também das autoridades, de que era possível, sim, um
relacionamento mais humano e profissional entre a classe patronal e os
trabalhadores do comércio.
Foi
em 29 de outubro de 1932 que essa relação de exploração do trabalho começou a
ser finalmente transformada, quando um grupo de caixeiros e empregados de lojas
das Ruas Carioca, Gonçalves Dias, Largo São Francisco, Ouvidor e adjacências,
reuniram-se no Largo Carioca para demonstrar às autoridades e à sociedade em
geral a sua dramática situação. Receberam, na ocasião, o apoio de outras
categorias de trabalhadores, como os ferroviários da Central do Brasil,
professores, bancários e jornalistas, que formaram a famosa e histórica
passeata dos “Cinco Mil” até o Palácio do Catete. O então Presidente da
República, Getúlio Vargas, recebeu a massa de trabalhadores na sacada do
Palácio e ouviu suas justas reivindicações, baixando, no mesmo dia, o
Decreto-Lei nº 4.042, publicado no Diário Oficial da União, em 30 de outubro de
1932.
Três
conquistas memoráveis foram consolidadas com esse Decreto, garantindo uma
mudança substancial na relação empregado e empregador: redução da jornada de
trabalho, na época de 12 horas para 8 horas; garantindo as 48 horas semanais; e
a garantia do descanso semanal remunerado aos domingos.
O
fruto dessa luta dos comerciários abriu caminho para que outras categorias
buscassem seus direitos, e os movimentos fortes, vigorosos e irrefreáveis
culminaram com a Consolidação das Leis Trabalhistas, em 1943, seguramente um
referencial das relações do trabalho em nosso País até os dias de hoje.
Essa
é razão histórica de estarmos festejando este 30 de outubro. Mas, se o momento
é propício para comemorarmos as conquistas do passado, também é apropriado para
analisarmos o presente dessa expressiva categoria de brasileiros que são atores
principais na circulação e comercialização de todos os bens de nossas cidades.
Dirigir
o olhar para a situação presente dos trabalhadores do comércio em nosso Estado
é vislumbrar o trabalho do Sindec que, há 75 anos, representa os comerciários
na luta pelos seus direitos trabalhistas, nas convenções coletivas, mas,
principalmente, em conquistas sociais. O Sindicato tem a convicção de que,
antes de ser trabalhador, o comerciário é cidadão que prescinde de tempo para
sua família e seu lazer, além da garantia de um trabalho decente e remuneração
digna. Sua luta está centrada na certeza de que desenvolvimento não é apenas
abrir postos de trabalho, mas gerar emprego com qualidade, apostando na
qualificação profissional dos trabalhadores, principalmente na segurança, na
saúde e na educação.
Gostaria
de me solidarizar com este pensamento, porque, a meu ver, foi-se o tempo em que
se via o trabalho como lucro e como um cifrão. O lucro pelo lucro não pode ser
uma bandeira deste País, se quisermos uma Nação com a garantia da
governabilidade democrática e desenvolvimento sustentável.
O
trabalho tem que priorizar a melhor qualidade de vida dos trabalhadores, pois
só assim poderemos superar a pobreza e reduzir as desigualdades sociais,
mazelas históricas e crescentes que impedem o crescimento socioeconômico tão
almejado por todos os brasileiros.
Felizmente,
vislumbramos no País uma nova mentalidade entre patrão e empregado, não mais de
oposição, mas, sim, de uma relação quase de cumplicidade, graças à compreensão
da necessidade intrínseca um do outro. A empresa precisa de um funcionário
feliz, com seus direitos básicos de cidadão respeitados, para garantir-lhe
maior lucratividade. Mas essa mudança de visão é fruto do trabalho de
conscientização da Força Sindical, que vem atuando em todo o Brasil no sentido
de unir os trabalhadores e agregar cada vez mais sindicalizados na luta pelas
causas de quem verdadeiramente gera a riqueza desta Nação.
Atualmente,
o Sindec, meus senhores, representa mais de 95 mil comerciários em Porto
Alegre, trabalhando pelo bem-estar da categoria. Muitas bandeiras ainda estão
na pauta da categoria, como a redução dos impostos, o fim da informalidade, a
transformação da Cidade em pólo turístico, a reivindicação salarial para
2007/2008, de 4,8% do INPC e mais 4,5% de aumento real - que corresponde ao
crescimento da economia do Rio Grande do Sul, em 2007 - e a regulamentação da
profissão.
Desafios
se antepõem cada vez mais fortes, como é o debate do Imposto Sindical,
obrigatório ou não, como também a preocupação do Sindec, hoje já manifestada
pelo seu Presidente, na batalha pela casa própria para todos os comerciários,
haja vista que o Fundo de Garantia de Tempo de Serviço também lhes pertence.
Propositalmente,
deixei para o término destas breves palavras o comentário sobre uma longa
reivindicação dos comerciários, e que foi contemplada, na Câmara dos Deputados,
no dia 24 de outubro: a aprovação da Medida Provisória nº 388/07, que
regulamenta o trabalho no comércio aos domingos e feriados em todo o
País. Segundo o pronunciamento do Sr. Nilton Neco, Presidente do Sindec, é uma
negociação; pois essa negociação estava em pauta há três anos e, pela primeira
vez, comerciários e comerciantes chegaram a um consenso. Parabéns comerciários!
Este depoimento comprova a determinação do Sindec
em buscar a concretização de seu ideal, sua persistência e dedicação ferrenha
pela causa maior da categoria que representa: condições de liberdade, eqüidade
e segurança capazes de garantir uma vida digna para si e sua família.
Para concluir, faço uma alusão à história do bambu
chinês que, ao ser plantado, fica aproximadamente, meus senhores, cinco anos
sob a terra, mas vai desabrochando lentamente, a partir de um diminuto bulbo e
que, ao final do quinto ano, desabrocha de uma só vez e cresce 25 metros.
Parece um evento único, mas é o resultado inexorável de centenas de pequenas
ações que incluíram plantar, regar, cuidar, fortalecer uma estrutura maciça e
fibrosa até desabrochar. Esse é o princípio, meus senhores, daqueles que estão
ali, dia-a-dia, trabalhando, dispostos a servir à comunidade, construindo o
novo com seu esforço e seu empenho, fazendo da nossa Cidade e do nosso Estado
uma terra cada vez melhor para se viver. Esses são vocês, amigos comerciários,
que merecem todo nosso respeito e a nossa afetuosa homenagem neste dia.
Concluo, afirmando que uma nação livre e democrática só é possível com a
auto-estima de seus cidadãos; uma nação feliz é aquela em que seu povo respira
idealismo, e onde o trabalhador, como o comerciário, labuta sorrindo no seu
dia-a-dia. Muito obrigado, e que Deus abençoe todos os comerciários do nosso
Brasil! Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver.
José Ismael Heinen.
O Sr. Cláudio Guimarães, Secretário-Geral do Sindec
e Presidente da Força Sindical está com a palavra.
O SR. CLÁUDIO GUIMARÃES: Exma
Srª Verª Maristela Meneghetti, na Presidência dos trabalhos; Ver. José Ismael
Heinen, proponente desta homenagem aos Comerciários; Ver. Adeli Sell, que cedeu
seu espaço; senhores e senhoras amigos dos comerciários de Porto Alegre;
Vereadores desta Casa - sempre que os comerciários precisaram, esta Casa esteve
presente na luta e nos anseios dos comerciários -; comerciários aqui presentes;
Diretores do Sindicato, colaboradores do Sindicato; demais dirigentes sindicais
de outras entidades; demais autoridades presentes; senhores representantes da
imprensa; senhoras e senhores, boa-tarde a todos; é com orgulho que venho a
esta tribuna, agradecer por esta homenagem que a Câmara de Vereadores faz à
categoria mais antiga do mundo, à qual temos o prazer de estar representando no
dia de hoje. A nossa categoria está em todas as partes da história, desde a
velha China, desde Marco Pólo, que foi um grande representante da nossa
categoria; onde há mais de quatro pessoas, nós estamos presentes, pois, com
certeza, alguém tem alguma coisa para vender.
Hoje, nós nos transformamos em vendedores de
sonhos. Nós temos alguns parceiros muito fortes, hoje em dia, que são a TV, a
Internet, que vendem aquela ilusão para a pessoa adquirir aquele produto que
nós vendemos - aquele sapato, que diz que ela nunca mais vai ter dor nos pés;
aquela televisão que vai resolver todos os problemas dela; com aquela
geladeira, ela nunca mais vai passar fome. A TV e a Internet vendem essa ilusão
e nós vendemos esse sonho. A pessoa chega à loja para comprar aquele sapato,
pois nunca mais vai sentir dor nos seus pés. Só que trabalhando em pé por 12,
14 ou 15 horas, nem aquele sapato vai resolver. Ela comprou aquela ilusão e nós
vendemos aquele sonho. A pessoa vai lá e compra aquela geladeira que a TV
anunciou, que a Internet anunciou, e tem o sonho de ver aquela geladeira cheia
de frutas, verduras, de carne e de comida -
e nós vendemos esse sonho. Só que essa pessoa não sabe que para aquela
geladeira estar cheia, como aparece na televisão, essa pessoa tem que ter um
salário digno, um salário decente, tem que haver uma divisão de poder neste
País, uma divisão social neste País.
A
nossa categoria vem realizando alguns de seus sonhos; um deles - uma utopia -,
que direções do Sindicato tinham, era de fechar as portas do comércio aos
domingos. Alguns Vereadores devem estar estranhando ver aqui um dirigente do
Sindicato dos Comerciários de Porto Alegre, que atirou várias moedas em V. Exas,
aqui dentro, que fez vários panfletos para V. Exas, aqui dentro; mas
nós vendemos sonhos, e nós temos que viver com a realidade, nós temos que viver
realmente com esperança. A nossa esperança sempre foi de poder ficar com a
nossa família aos domingos, de descansar aos domingos. E isso continua sendo o
nosso sonho - a nossa utopia, pode-se dizer. Mas nós temos avançado, nós
acreditamos que temos avançado, apesar de um mercado globalizado exigir que a
categoria, a mais antiga do mundo, tenha um dia a mais de trabalho para a
venda; a modernização exige isso, nós continuamos tendo a nossa utopia. A
porteira foi aberta, e esta Casa foi imprescindível para que os comerciários de
Porto Alegre conseguissem, por dez anos, segurar a questão do domingo. Mas
Porto Alegre foi a última trincheira; Porto Alegre foi o último muro que caiu,
e temos certeza de que esta Casa deu rumo para esse acordo, a que o Ver. Ismael
se referiu, que foi uma Medida Provisória que o Presidente Lula encaminhou ao
Congresso Nacional. Esta Casa deu o caminho quando disse que tinha que haver
acordo entre as partes em todas as suas Leis. Esta Casa deu o caminho quando
disse que a questão do domingo tem que ser acordada entre as entidades. E a
Medida Provisória nº 388 garante isso; ela diz que nós vamos ter direito à
nossa folga, e remete novamente ao acordo entre as entidades sindicais.
A
nossa categoria vem sofrendo por ser representada maciçamente por mulheres que,
além de venderem esses sonhos, têm o compromisso da dupla jornada - ao chegarem
em casa ainda têm esse compromisso de dupla jornada. A categoria luta por uma
coisa simples, que é o direito a uma creche para o seu filho, que é o direito a
um local para o seu filho poder ficar após a jornada da escola. Essa é uma
bandeira de luta não só do Sindicato dos Comerciários, não só dos comerciários
de Porto Alegre, mas de um conjunto de trabalhadores. Esta categoria, que é a
mais antiga do mundo, luta hoje com a informalidade que está, diariamente, na
porta dos nossos estabelecimentos, concorrendo com a nossa venda, com a nossa
comissão, onde vários produtos são pirateados, vários são produtos roubados,
alguma vida foi perdida para estarem ali aqueles produtos de alta tecnologia. E
nós convivemos com isso. Nós temos que garantir o nosso salário, vender o
produto. E um exemplo básico são os CDs e DVDs, que nós vendemos a 40 reais, 35
reais, e são vendidos nas portas das empresas em que trabalhamos, tirando a
nossa comissão, ao preço máximo de 5 reais.
A
nossa categoria sobreviveu às grandes guerras que ocorreram no mundo, está
sobrevivendo às grandes mudanças do mundo, chegou-se a cogitar até que
estávamos com os dias contados, como o rádio em relação à televisão, em função
da Internet, em função do telefone. Agora, nós acreditamos que ninguém vai
perder o prazer de entrar numa loja e ouvir uma boa história, de entrar numa
loja e ter lá um amigo, uma pessoa que diga que aquele sapato não ficou legal,
que aquela saia não ficou legal, que aquela gravata não ficou legal, que diga
para voltar na semana que vem, pois aquele produto vai entrar em promoção. Essa
parte que cabe a nós, que nós fazemos por devoção, nós fazemos com o coração;
nem a Internet, nem a TV, nem o telefone vão nos tirar.
Então,
esta categoria tem muito para comemorar e muito para lastimar também; mas ela
sempre olhou para frente. Sendo a mais antiga do mundo, é uma das poucas
categorias que não é regulamentada neste País. Agora tem um Projeto
regulamentando a categoria das prostitutas, com normas. E a nossa categoria, a
mais antiga do mundo, não tem.
Os
comerciários de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul estão encaminhando essa
questão da regulamentação desta profissão. Esse é um sonho que esperamos
conquistar.
Agradecemos a todos os Vereadores, que sempre
estiveram ao lado dos comerciários de Porto Alegre, todos os Vereadores que não
mediram esforços para defender essa categoria, porque, em qualquer momento,
esta Casa sempre esteve presente, garantindo que fosse a intermediadora nas
questões da desigualdade.
Em nome de todos os comerciários de Porto Alegre,
dos 95 mil trabalhadores do comércio de Porto Alegre e dos comerciários do Rio
Grande do Sul e do Brasil, eu queria agradecer a esta Casa por esta homenagem,
que não é a este Sindicato e nem a este Secretário-Geral, mas é a todas as
pessoas que, 12 horas, 14 horas por dia estão vendendo sonhos, estão vendendo
algo de esperança para as pessoas nesta Cidade, neste Estado e neste País.
Muito obrigado, uma boa-tarde a todos, e que Deus os abençoe. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Márcio
Bins Ely está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Exma
Srª Presidente, Maristela Meneghetti; na pessoa de V. Exª quero cumprimentar os
demais Vereadores e Vereadoras desta Casa; Sr. Cláudio Renato Guimarães -
Cláudio Janta -, prezado Presidente da Força Sindical, Secretário-Geral do
Sindec; ao cumprimentá-lo, quero cumprimentar toda a família comerciária que se
faz presente aqui nas galerias; senhoras e senhores que acompanham esta Sessão
pela TV Câmara. Eu gostaria também, Srª Presidente, em nome da minha Bancada, a
Bancada do PDT, neste espaço de Comunicação de Líder, registrar os nossos
cumprimentos pelo transcurso do Dia dos Comerciários, homenagem proposta pelo
Ver. Ismael. Neste período de Grande Expediente, cedido pelo Ver. Adeli Sell,
quero dizer também que o nosso Partido tem um profundo reconhecimento com a
causa dos trabalhadores do comércio e que atentamente estávamos acompanhando o
discurso do Cláudio Janta.
Acho relevante que algumas questões que foram
abordadas aqui também sejam trazidas para o debate, que dizem respeito a
algumas situações que acabam se criando no comércio e no dia-a-dia do
trabalhador comerciário, como foi bem colocado pelo Presidente da Força
Sindical, que dizem respeito ao grande número, talvez pela maioria absoluta de
mulheres que hoje trabalham no comércio. É a necessidade de terem um apoio
familiar que diz respeito a esse suporte que é dado pelas creches, e nós
sabemos que o Sindec hoje tem e possui mais de cinco ou seis estabelecimentos
que cuidam das crianças enquanto as mães estão trabalhando no comércio.
Destaco aqui também a participação da Câmara na
trajetória e nas páginas da história dessa profissão que, como o Presidente
falou, ainda não está regulamentada, mas precisa de uma regulamentação, e, quem
sabe, possamos dar o nosso apoio por intermédio da nossa Bancada Federal para
que essa regulamentação se concretize. Mas digo sim a respeito da legislação
que estabeleceu o Banquinho e que estabeleceu o sábado inglês, frutos de debate
nesta Casa. Também essa discussão e esse debate a respeito do “domingo não”,
que ainda é uma situação que assola a categoria e que precisa ter todo o nosso
respeito e o nosso enfrentamento para o debate desse tema tão polêmico que é o
trabalho dos comerciários aos domingos.
Muitos
Vereadores estiveram presentes no jantar em que se comemoraram os 75 anos da
entidade, e quero mencionar o trabalho que se fez de divulgação dessa longa
caminhada de um dos mais antigos sindicatos do nosso País.
O Ver. Ismael teve a feliz iniciativa de, por meio
deste Grande Expediente, fazer o reconhecimento pelo Dia do Comerciário, e
quero também registrar aqui o nosso reconhecimento pela Diretoria do Sindicato,
pelos Diretores que estão aqui presentes. Vejo alguns, como o Cláudio Corrêa, o
Polipo, o Barbosa e tantos outros aqui. Não vou citar, porque senão teria que
citar o nome de todos, mas que, de uma forma ou de outra, ao longo dessa
caminhada, Janta, deram a sua contribuição, colocaram lá o seu tijolinho na
parede de uma construção de um Sindicato representativo, um Sindicato forte que
realmente é interessado e que se preocupa com a categoria que representa. Faz
um trabalho sério com um sem-número de profissionais, sempre buscando a
qualidade, a qualificação, oferecendo cursos; o Sindicato está sempre com as
portas abertas, tem lá a sua farmácia, a sua assessoria jurídica, a sua
orientação comunitária e sindical, envolvendo-se agora com as questões do meio
ambiente.
Então queremos nos somar, em nome do PDT, em nome
do meu Partido, a esta justa homenagem que prestamos, que esta Casa presta - e,
quando falo na Câmara, falo na Cidade. Gosto sempre de destacar essa situação,
que diz respeito àquilo que é pronunciado na tribuna desta Casa, que realmente
é um reconhecimento, porque a família comerciaria, como foi dito, representa
hoje, quem sabe, 10% da população porto-alegrense que é ativa no mercado
profissional, no mercado de trabalho. Se considerarmos aí cerca de um milhão e
400 mil habitantes, um milhão de pessoas que estariam aptas a trabalhar, e nós
temos 100 mil trabalhadores no comércio, aproximadamente, vejam o número de
pessoas e o número de famílias que dependem dessa profissão. Então, nos somamos
a este justo transcurso que é registrado aqui e deixamos também o nosso
reconhecimento e o nosso agradecimento a toda família e a toda categoria
comerciária. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver.
Márcio Bins Ely. Sr. Cláudio Guimarães, em seu nome, parabenizamos todos os
comerciários pela passagem do dia 30 de outubro, que é o seu dia e é uma data
tão meritória diante de tantas lutas e conquistas ao longo desses 75 anos.
Parabéns a todos os comerciários e comerciárias, em nome desta Casa, pois todos
nós sabemos que atrás de um balcão também bate um coração. Muito obrigada pela
presença de vocês. (Palmas.)
Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se os trabalhos às 14h55min.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti – às
14h58min): Estão reabertos os trabalhos.
A Verª Maria Celeste, Presidenta desta Casa,
solicita Licença para Tratamento de Saúde no dia de hoje. A Mesa declara
empossado o Suplente, Ver. Mauro Pinheiro, que integrará a Comissão de
Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul, em função da impossibilidade de o
Suplente Gerson Almeida assumir a Vereança.
O Ver. Valdir Caetano está com a palavra em Grande
Expediente. (Pausa.) Ausente. Está encerrado o período do Grande Expediente.
Passamos às
O SR. GUILHERME BARBOSA: Srª
Presidenta, Ver. Maristela Meneghetti; colegas Vereadores e Vereadoras; há
alguns meses atrás, nós aprovamos uma autorização para o Executivo contrair um financiamento para o Programa
ReLuz. Como já havíamos discutido, não conseguimos implantá-lo, mas a atual
Administração pretende levá-lo adiante. É um Programa importante, sem dúvida,
que tem como objetivo trocar todo o equipamento de iluminação pública na Cidade
- cerca de 70 mil pontos - nas vias, nas praças, enfim, em todos os logradouros
públicos, por equipamentos eficientes, como se costuma chamar. Com essa troca,
nós vamos fazer com que a Cidade gaste menos energia elétrica, portanto tenha
uma conta mensal menor a pagar com a CEEE, e, ao mesmo tempo, a Cidade ficará
mais iluminada. Portanto, é uma situação muito positiva para a Cidade.
Depois
daquela aprovação para o financiamento da Prefeitura, claro que precisaria,
então, do encaminhamento para a execução dos projetos. No dia 29 de setembro
foi mandado, pela Câmara, um Pedido de Informações deste Vereador para o
Executivo, perguntando como o Executivo estava encaminhando a contratação dos
projetos e como estava pensando, na seqüência, na licitação e na contratação
das empresas para a implementação do trabalho propriamente dito. Isso está
fazendo um mês; fomos ao sistema computacional e verificamos que o Processo se
encontra há onze dias no gabinete do Secretário. Como eu disse, a imagem que eu
faço dessa Administração é de uma tartaruga manca, de tão devagar que anda!
Pois o Processo chegou no Protocolo, Verª Margarete, e do Protocolo da SMOV até
o gabinete do Secretário, que fica no terceiro andar, levou dez dias. E agora,
no gabinete, nas mãos do Secretário, está há onze dias, sem que as explicações
sejam encaminhadas para este Vereador. Enquanto isso nós já obtivemos algumas
informações e aí ficamos muito preocupados, porque as informações dizem que, ao
invés de a SMOV, através da Divisão de Iluminação Pública, a DIP, estar
trabalhando na elaboração dos projetos para a implementação desse trabalho,
esses projetos estariam sendo executados no gabinete do Secretário de Gestão,
Sr. Clóvis Magalhães. Eu não tenho as informações oficiais, mas eu tenho
credibilidade na pessoa que me passou essas informações.
E,
mais ainda: além desse fato que seria estranho, há um outro aspecto sobre o
qual eu gostaria que alguém que representa o Governo aqui nesta Câmara falasse
- são 26 Vereadores, mas os interlocutores oficiais não estão agora no
Plenário, nem a Verª Clênia nem o Ver. Mario Fraga -, porque dão conta, Ver.
João Dib, V. Exª que já foi Secretário de Obras e foi Prefeito, que dentro do
processo de eficientização da iluminação pública de Porto Alegre, também
estariam pensando passar para a iniciativa privada a manutenção da iluminação
pública em Porto Alegre. Isso já existe em outras cidades como Fortaleza: antes
da nossa Prefeita Luizianne, a iluminação pública foi passada para a iniciativa
privada.
Vejam,
por exemplo, o camelódromo, o Araújo Vianna, a idéia dos Portais, todos esses
projetos desta Administração querem passar para a iniciativa privada, e que
seriam trabalhos da Prefeitura. Repito: eu não tenho os dados oficiais! Eu
gostaria de ouvir a negativa de alguém que representa o Governo Municipal nesta
Bancada de 26 Vereadores. Estou enganado? Vocês são 26, que eu saiba; na Câmara
são 36 Vereadores, mas os que apóiam o Governo são 26! Eu gostaria de ouvir de
um desses 26 de que eu estou enganado. Eu ficaria muito aliviado se isso não
fosse verdade, que não estivessem sendo feitos projetos no gabinete do
Secretário Clóvis Magalhães, que o Vereador Guilherme estivesse totalmente
enganado, e que esse trabalho importante da SMOV e da Prefeitura não passará
para a iniciativa privada.
Repito:
a lógica do Executivo Municipal, hoje, é passar trabalhos importantes da
Prefeitura para a iniciativa privada. Portanto, peço uma resposta da base do
Governo. Não é nada disso com relação à iluminação pública. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Obrigada,
Ver. Guilherme Barbosa.
O
Ver. José Ismael Heinen está com a palavra em Comunicações.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma
Srª Presidenta dos trabalhos no dia de hoje, digníssima Verª Neuza Canabarro,
venho, no período de Comunicações, fazer coro aos democratas de todo o Brasil
com relação à CPMF que está em pauta no Congresso Nacional. Os Senadores, nos
moldes da Câmara Federal, sofrem pressão de toda ordem do Governo Federal.
Sabemos todos que o nosso País, com certeza, é o campeão de arrecadação de
impostos do mundo! Ele pode perder para três, quatro, cinco, dez países; não
perde para mais do que dez países no montante de arrecadação de impostos e de
taxas. Mas o contra-serviço que ele presta à sociedade brasileira é baixíssimo!
Até dá para classificá-lo como o imposto do mal.
No
jornal Zero Hora de hoje, o ex-Ministro do Supremo Tribunal Federal afirmou: “o
brasileiro paga preços suecos para receber os serviços africanos que lhe são
prestados”. E essa contribuição é pior do que imposto, Presidenta Neuza
Canabarro, porque não há a co-repartição aos Estados e Municípios, por ser
contribuição. Se fosse imposto teria, assim como acontece com a CIDE, que é uma
contribuição sobre os combustíveis, mas que também está sendo desviada. Então,
o Governo só quer arrecadar! Ele não se preocupa com as outras coisas deste
País.
Também
está no jornal Zero Hora de hoje o depoimento, os esclarecimentos do Tribunal
de Contas da União sobre a CPI das ONGs, em que um dos Ministros afirma que 12
bilhões e 500 milhões, Ver. Ervino Besson, foram doados pelo Governo Federal às
ONGs, sem prestação de contas! O Ministro do Tribunal afirma que, com certeza,
muito desse dinheiro foi desviado, porque não houve prestação de contas, não
lhes foi cobrado prestação de conta. É muito fácil para um Governo sair pelo
mundo afora, fazer discurso em nome do Brasil, distribuir benesses, enquanto o
povo aqui está sofrendo! O nosso povo brasileiro todo paga CPMF, inclusive
aquele que está há quatro anos na fila esperando para fazer uma cirurgia, para
tratar da sua saúde. Ele paga CPMF, sim, a CPMF! É um imposto fácil de ser
cobrado, mas é o pior de todos; ele é cumulativo. Para um litro de leite, lá no
final, não é pago só 0,38%, não; ele chega a 3%, 4%, desde a produção da
matéria-prima até o produto final. Mas, tudo bem, se esse imposto viesse em
benefício da saúde, se viesse em benefício dos Estados e dos Municípios... É um
imposto que, com certeza, é do mal, porque ele tira da circulação dos
Municípios, do Estado, e é jogada para o Poder Central essa moeda que circula,
que gera riqueza, imposto nos Municípios. Com certeza o Estado do Rio Grande do
Sul não teria déficit se esses dois bilhões e meio não fossem tirados de
circulação e fossem mandados para o Governo Central, e ele só presta conta, de
volta, de 500 milhões, 400 milhões para o Estado e 15 Municípios recebem em
torno de 100 milhões.
Este
é o nosso País. Ontem a gente viu, na Restinga, um bebê de nove meses que foi
atingido por uma bala perdida pelo narcotráfico. Vê-se mais mortes a toda hora,
a todo o momento. A Cisco, uma empresa que sonegou um bilhão e meio, acobertada
por um Partido grande do nosso País para ter benesses da Caixa Econômica
Federal. Por isso é dito, e com certeza é verdade, que a corrupção consome mais
de 2% do Produto Interno Bruto do Brasil. Se esse dinheiro estivesse
circulando, com honestidade, poderíamos baixar quanto o imposto? Quanto mais
dinheiro, quanto mais empresas, quanto menos informalidade poderia haver com
isso?
Nós
estamos, meus nobres Pares, na contramão da história desta Nação linda, rica,
que é a nossa Nação brasileira, que, apesar disso, nós tanto amamos, mas que
tanto temos que cuidar dela. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Adeli Sell está com a palavra em Comunicações, por
cedência de tempo da Verª Maria Celeste.
O
SR. ADELI SELL: Verª
Maristela Meneghetti, Presidenta; colegas Vereadores e Vereadoras, nestes dias
da Feira do Livro em Porto Alegre, minha cara Verª Margarete Moraes -
ex-Secretária Municipal da Cultura, que acompanhará, pari passu, sem dúvida nenhuma, a reavaliação do Plano Diretor e
principalmente das Áreas de Interesse Cultural -, não posso deixar de
mencionar, pelo menos um pouquinho, algumas linhas de um grande poema de Castro
Alves, que, ao concluir, diz o seguinte (Lê.): “Oh! Bendito o que semeia/
Livros... livros à mão-cheia.../ E manda o povo pensar!/ O livro caindo n’alma/
É gérmen - que faz a palma,/ É chuva - que faz o mar”. Viva a Feira do Livro!
Viva a Cultura de Porto Alegre!
E
atenção, no Plano Diretor, Margarete Moraes, Adeli Sell, Guilherme Barbosa, os
membros do Partido dos Trabalhadores, nesta Comissão, cuidarão como nunca da
questão da Cultura em Porto Alegre. Cuidarão da Cultura como os nossos
Vereadores, Ver. Marcelo Danéris, estão cuidando dos descalabros da Prefeitura.
Recebo agora mais um e-mail que fala da gestão de terceirização no SAMU
- o 192 -, e os prejuízos que isso possa representar. Lembro de que nos
serviços 192, a minha Bancada, o meu Governo já fez uma autocrítica, porque,
como foi feita uma licitação no passado, e nós tivemos problemas com uma
cooperativa, nós começamos a colocar os servidores nessa área. Este Governo, em
vez de aprender conosco com o erro que cometemos, está cometendo o mesmo erro,
contratando pessoas que não têm a ver com o serviço, que não têm a
especialização adequada para este tipo de trabalho. Somos humildes em
reconhecer os nossos erros, e na época o reconhecemos. Espero que a Liderança
do Governo, que os membros do Governo, que hoje pela manhã estiveram aqui unidos,
ou melhor, acabaram divididos ao final da discussão do Plano Diretor, tenham
atenção para isso. Quero dizer aos governistas que estão aqui, porque agora não
sei bem se temos dois, quatro, seis, acho que talvez tenhamos apenas quatro,
porque alguns não acompanham o Governo, mas àqueles que acompanham o Governo,
digo o seguinte: atentem! A Cidade continua suja, as praças continuam
abandonadas, os moradores de rua, que deveriam ter um tratamento da FASC junto
com a SMS, porque um “drogadito”, alguém que tem problema de alcoolismo é um
problema de Saúde pública e como tal tem que ser tratado, a um albergue deve
ser levado e ali devidamente tratado. Não é isso o que está acontecendo hoje na
cidade de Porto Alegre!
Há
também o descaso com a Carris. O Ver. Guilherme Barbosa e eu temos estado
atentos ao tema Carris. Dias atrás, nós dissemos aqui que havia uma
canibalização dos ônibus: ônibus novos estavam tendo suas peças retiradas para
elas serem colocadas em outros ônibus. Isso porque não tinham ficado atentos;
uma Gestão responsável tem peças no seu depósito! Várias peças foram
encontradas - eu tenho, inclusive, as fotos -, e, se eu não tiver o retorno do
Pedido de Providências que fiz, vou ao Tribunal de Contas: eu quero saber por
que aquele monte de peças estava jogado fora, sem controle absolutamente
nenhum. A Carris tem que ser respeitada, é uma empresa centenária, e nós vamos
continuar colocando aqui os problemas da Carris!
Nós
perguntamos, porque, afinal de contas, Ver. Brasinha, perguntar não ofende! E aqueles
CCs, que são de Eldorado do Sul e não aparecem lá para trabalhar - que história
é essa?! Filho de ex-Prefeito, filho de político, etc. e tal? Nós estamos
atentos a isso, nós temos quem nos informe. Quero saber se o Governo tem a sua
fiscalização? Tenha autocrítica e saiba reconhecer quando erra! Nós tivemos, no
passado, a grandeza de reconhecer a questão da SAMU. Atual Governo: atenção!
Nós estamos de olho! Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver. Adeli.
O
Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra em Comunicações.
O
SR. MÁRCIO BINS ELY: Exma
Srª Vereadora Maristela Meneghetti na presidência dos trabalhos, na pessoa de V. Exª,
cumprimento os demais Vereadores e Vereadoras desta Casa, público que nos
assiste nas galerias e pela TVCâmara, senhoras e senhores, venho a esta tribuna
hoje para falar a respeito de uma posição corajosa do Prefeito José Fogaça com
relação à criação e ao efetivo compromisso que teve com a causa das políticas
públicas a serem adotadas para os jovens na nossa Capital. E digo isso, porque
o Prefeito Fogaça materializou o seu compromisso com a juventude, com os
jovens, com o futuro da nossa Cidade, através da criação da Secretaria
Municipal da Juventude. E esse é um trabalho experimental que estamos
realizando; nós temos esse compromisso com o Governo, eu digo nós, porque o
nosso Partido, na pessoa do Ver. Mauro Zacher, está à frente dessa Secretaria.
E nós temos certeza de que muito ainda precisa ser feito, mas muito já se fez, e
alguns avanços muito significativos já se concretizaram em nossa Cidade, um
desses avanços é o ProJovem que está sendo desenvolvido de maneira
compartilhada com o Governo Federal, por meio de um convênio. Portanto, é
desenvolvido pelo Governo Federal e pelo Governo Municipal e tem como foco a
inclusão social de jovens que estavam praticamente fora, inclusive da vida
social, fora do mercado de trabalho e sem oportunidades, são aqueles jovens
entre 18 e 24 anos, que não tiveram a oportunidade de estudar, que não
completaram a 4ª série e, por meio desse projeto, de maneira inteligente, o
Governo buscou recurso, em nível Federal, e está proporcionando aos jovens da
nossa Capital que se encontram nessa situação social, nessa situação de nível
de educação incompleta, de estarem-se relocando, cumprindo uma nova etapa,
preenchendo essa lacuna que estava em suas caminhadas. E, de maneira muito
contundente, esse projeto do Governo Federal, em parceria com o Governo
Municipal, e mais pontualmente o próprio Secretário, tem sido duramente
atacado, inclusive da tribuna desta Casa, e por outros mecanismos, inclusive
por meio de e-mails anônimos e acusações não-fundamentadas ou
não-comprovadas, no que diz respeito a esse trabalho.
Então, gostaria de trazer aqui alguns dados concretos
que entendo relevantes e possam ser analisados, que dizem respeito aos efetivos
números que se concretizam por meio dessa iniciativa. Primeiramente, quero
dizer que, no ano de 2005 - porque o Governo assumiu em 2004 e criou a Secretaria em 2004, portanto,
não foi possível se realizar um trabalho nesse sentido ainda no ano de 2004. Em
2005, a meta era matricular 2.400 alunos, foram inscritos 4.046 alunos, pelo
telefone 0800 que atende em Brasília, e, efetivamente, foram matriculados 1.951
alunos. Desses 1.951 alunos, 615 foram formados. No ano passado, a meta também
era de 2.400 alunos, Porto Alegre teve 3.448 inscritos, 2.120 alunos foram
matriculados e 638 formados. E, para este ano, a meta também era 2.400 alunos,
dos quais 2.827 foram inscritos - pelo 0800 do Governo Federal -, e 1.730 foram
matriculados, e os alunos serão formados ao longo deste ano. Provavelmente nós
teremos os dados até o final do ano e início do ano que vem.
Eu
gostaria, Ver. Brasinha, de ressaltar que este é um Projeto experimental, e, em
outras capitais, também foi duramente criticado. Por exemplo, o Correio da
Bahia, datado de 22 de dezembro de 2006. (Lê.): “Professores do ProJovem
protestam na Prefeitura”. O jornal O Globo (Lê.): “ProJovem forma menos alunos
do que o previsto”, 27 de outubro de 2007. Realmente, esse é um projeto
experimental, mas os dados que nós temos, está aqui, inclusive, o Secretário
Adjunto da Secretaria de Juventude, Dr. Paulo Pruss, traz elementos aqui que
comprovam, inclusive, que Porto Alegre tem os melhores índices de
aproveitamento nas provas de matemática, de português, e muito ainda precisa
ser feito e ser implementado, através de políticas públicas focadas para o
jovem.
Nesta
Casa, inclusive, nós temos o compromisso de, ainda este mês, ou início do mês
de novembro, aprovarmos aqui o Conselho Municipal da Juventude, em que,
inclusive, em conjunto com a sociedade civil organizada, em conjunto com as
agremiações esportivas, as agremiações jovens que envolvem questões culturais e
uma série de outras questões, poderão dar a sua contribuição para nortear as
políticas públicas a serem instituídas e serem formuladas e, realmente,
realizadas na cidade de Porto Alegre.
É
importante que nós tenhamos esse compromisso; e que bom que o Governo tem esse
compromisso e criou essa Secretaria e se preocupa com a causa do jovem, e tem
uma política que tem uma proposta de ser transversal, porque nós sabemos que
com a juventude está envolvida a Educação, com a juventude estão envolvidas as
políticas de esporte, recreação e lazer, as políticas de cultura e tantas
outras, como a saúde, prevenção às DSTs, prevenção ao uso de drogas. É muito
importante que nós tenhamos uma política forte na área da Secretaria da
Juventude. E que bom que nós podemos capitalizar esse dinheiro e trazer para
Porto Alegre, que somam, aproximadamente, 11 milhões de reais, para, o longo
deste Governo, ao longo desses 3, 4 anos, poder dar uma chance, uma
oportunidade a esses jovens que não tiveram a felicidade de ter concluído a sua
educação no nível fundamental, e que, quem sabe, através desse grande Projeto,
poderão conseguir alavancar um pouco melhor a sua estrutura e ter um pouco mais
de dignidade para poder enfrentar esse mercado de trabalho tão acirrado e tão
concorrido que nos espera aí fora. Nós sabemos que o jovem tem dificuldade de
conseguir estágio, tem dificuldade de conseguir emprego, tem dificuldade para
pagar o ônibus em Porto Alegre - é um dólar, é muito caro - para se locomover,
para se transportar.
Então,
fica aqui essa nossa ressalva de que, realmente, nós precisamos elaborar,
colaborar e fortalecer toda e qualquer iniciativa que possa instituir um apoio,
um avanço para as políticas públicas a serem adotadas para o jovem, para a
juventude na nossa Capital. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Marcelo Danéris está com a palavra em Comunicações,
por transferência de tempo com esta Vereadora, para o próximo dia 1º de
novembro.
O
SR. MARCELO DANÉRIS: Verª
Maristela Meneghetti, na presidência dos trabalhos hoje à tarde, Srs.
Vereadores, Sras Vereadoras; já agradeço também pela transferência
de tempo; público que nos acompanha aqui e pela TVCâmara, quero fazer um debate
diretamente com a população de Porto Alegre que nos acompanha aqui e pela
TVCâmara. Nós completamos, agora, 10 meses do terceiro ano da Governança Fogaça
em Porto Alegre. E é preciso fazer um balanço do que significou essa gestão
neste ano. Porque, Ver. Guilherme Barbosa, eu não vou nem fazer o balanço da
gestão inteira, mas, só este ano, a situação é gravíssima; é só olharmos
olhamos o conjunto de acontecimentos que envolveu a Prefeitura nesses 10 meses,
nem é o ano completo.
Vou
começar pela crise com o servidor público, que inaugurou este ano com uma greve
de mais de 20 dias, com uma intransigência do Governo, uma incapacidade de
negociação que levou à paralisação de serviços públicos por mais de 20 dias.
Não bastasse a crise com o servidor, logo em seguida, Ver. Guilherme Barbosa,
veio a crise do Plano Diretor, que não teve um processo democrático na
representação da população de Porto Alegre para discutir e decidir os seus
destinos, não teve isso. Ficou sob suspeita do Ministério Público que fez
denúncia e, depois, teve que fazer acordo. O Governo revelou-se antidemocrático
também aqui na Câmara, quando não permitiu que a oposição ocupasse ou a
presidência ou a relatoria, que era o que o PT reivindicava, para discutir o
processo do Plano Diretor. A democracia que não teve lá no início, Ver.
Guilherme Barbosa, não teve no final também.
Depois
veio a crise da Saúde, primeiro, com o Postão da Cruzeiro que fechou; depois a
crise do Programa de Saúde da Família, em que uma série de postos de saúde
ficaram sem atender a população, por conta da confusão que a Prefeitura fez em
relação ao convênio com a FAURGS e depois com um Instituto sob suspeita, que
foi contratado, e que ainda continua sob investigação do Ministério Público;
crise da Saúde que se sente até hoje aqui em Porto Alegre.
Depois,
Ver. Guilherme Barbosa, não bastasse isso, teve a crise do troca-troca de
Partido do Prefeito Fogaça, que mais uma vez disse que não ia sair do PPS, não
cumpriu a palavra, e foi para o PMDB; o mesmo Prefeito que disse que não ia
sair do PMDB para o PPS; o mesmo Prefeito que disse que não ia ser candidato a
Prefeito e depois foi candidato a Prefeito, mesmo tendo publicado no jornal
Zero Hora que não seria candidato. Isso gerou uma crise na base de Governo,
gerou uma crise política na Cidade, gerou um fiasco para a cidade de Porto
Alegre, que foi o fato de o Prefeito Fogaça ficar sob o risco de perder o seu
mandato, e ainda está, inclusive, sob o risco de perder o seu mandato de
Prefeito; uma situação que a cidade de Porto Alegre nunca tinha passado, e,
mais, nem merecia ter passado por isso. Este é o Prefeito que nós temos hoje.
Hoje,
nós estamos vivendo uma crise de violência, Ver. Dib, de aumento de
criminalidade na Cidade, mas, o mais grave, é a má condução que transformou o
Centro de Porto Alegre numa verdadeira praça de guerra; as pessoas têm dito
para nós que andam assustadas, com medo de andar no Centro, tal o grau de
violência que hoje está o enfrentamento entre a Prefeitura e os trabalhadores
do comércio informal.
Não
bastasse esse balanço, o Prefeito Fogaça faz o que nesse período? Dá apoio ao
tarifaço da Governadora Yeda. O mesmo Prefeito Fogaça que liberou o seu
Secretário de Governança Solidária, no Governo Rigotto, para ir à Assembléia -
o Sr. Cézar Busatto, que era Deputado Estadual licenciado - votar o tarifaço do
Rigotto, depois liberou o mesmo, o mesmo Deputado, que é Secretário, o Sr.
Cézar Busatto, para ir à Assembléia votar na tentativa do primeiro tarifaço da
Governadora Yeda. Agora, o Sr. Secretário de Governança Solidária, o Sr. Cézar
Busatto, não é mais Deputado, não pode ir lá votar, quem entra em campo? O Sr.
Prefeito, para dizer que apóia o tarifaço da Srª Yeda, aqui na Assembléia
Legislativa.
E
para encerrar esse balanço de 10 meses, temos aqui uma grave suspeição sobre a Secretaria
Municipal da Juventude, conduzida pelo Sr. Mauro Zacher. O nosso companheiro e
Líder de Bancada, Ver. Adeli Sell, tem feito as denúncias aqui; ele faz as
denúncias que chegam no gabinete de todos os Vereadores.
Portanto, Ver. Márcio Bins Ely, V. Exª que veio
aqui fazer a defesa, nós estamos pedindo que o Secretário Municipal da
Juventude venha dar explicação para a Câmara de Vereadores de Porto Alegre - a
Casa do Povo de Porto Alegre -, que ele venha aqui dizer que todas as denúncias
que estão chegando aos gabinetes dos Vereadores, as suspeições que envolvem os
recursos para a Secretaria de Juventude são tudo mentira. Ele nem sequer teve
coragem de aparecer aqui no Plenário - Vereador que é - para responder a todos
os ataques e a todas as denúncias que estão sendo feitas contra ele. Esse é o
balanço de dez meses do Governo Fogaça. Se não for esse o balanço, deixo uma
pergunta para a população de Porto Alegre: o que há de bom hoje na cidade de
Porto Alegre que pode orgulhar os porto-alegrenses, produzido pelo Governo
Fogaça? Eu digo: nada! Se não fosse o
Governo Lula colocar 400 milhões de reais em Porto Alegre, inclusive para
acabar as obras da Av. Baltazar de Oliveira Garcia, nem isso poderíamos estar
comemorando, obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver.
Marcelo Danéris.
O SR. ERVINO BESSON: Minha cara
Presidenta, só para responder ao Ver. Marcelo Danéris: o Secretário Mauro
Zacher, da Secretaria Municipal da Juventude, virá, sim. Ele já se colocou à
disposição para dar explicações a esta Casa; a própria Diretoria Legislativa já
marcou para o dia 8, quando ele estará aqui dando as referidas explicações. Sou
grato a Vossa Excelência.
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver.
Ervino, pelo seu esclarecimento.
O Ver. Dr. Goulart está com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo da Verª Maria Luiza.
O SR. DR. GOULART: Srª
Presidenta, Verª Maristela Meneghetti, muito querida Presidenta; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, geralmente penso muito parecido com o Ver. Marcelo
Danéris; existem muitas coisas que o Ver. Marcelo Danéris diz aqui, sobre as
quais temos que nos debruçar e cuidar mesmo, ele está com a razão. Mas o que
aconteceu hoje na Santa Casa, proporcionado pelo Governo Fogaça, foi uma coisa
muito boa. Hoje, através da PROCEMPA, e o Ver. Ervino Besson estava presente
conosco lá, assistimos a um enorme momento de compaixão. O André Imar, junto com o Prefeito,
inauguraram a instalação de 17 computadores ligados à Internet, para que as
crianças que estão hospitalizadas pelo SUS, no Santo Antônio, e mais grave e
tristemente no Hospital Santa Rita - portanto, as crianças portadoras de
câncer, de neoplasia -, possam comunicar-se com os seus familiares através da Webcam.
Se o familiar não tiver um computador, ele pode ir num ciber-espaço público ou
pode ir num Café de informática e lá se comunicar com as suas crianças. Que
coisa maravilhosa as crianças que já não tinham tanta esperança de tantas
punções que recebem nos seus bracinhos para tomarem o soro, que compaixão que
temos que ter. Agora, os efeitos da quimioterapia são abrandados, minimizados
por uma navegação na Web, por brinquedinhos na Web. Esse foi um
momento bom do Governo Fogaça. É claro que temos que discutir algumas coisas; O
Ver. Marcelo Danéris tem razão. Mas esse foi um belo momento.
O
Sr. Ervino Besson: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Dr. Goulart, de fato, nós
estivemos lá, pela manhã, e foram momentos emocionantes. Acho que um trabalho
digno é um trabalho de cidadania, que só Deus mesmo para acompanhar a dor das
famílias. Pelo menos o que foi inaugurado hoje pela manhã, dá oportunidade para
que as pessoas consigam conversar com os próprios familiares. Eu quero
destacar, também, o que foi dito, lá, pela manhã, o trabalho da sua esposa,
Viviane. Um trabalho digno, é um reconhecimento, um trabalho emocionante.
Parabéns, Vereador, fica aqui o nosso abraço para a Viviane e toda a equipe que
se envolveu nesse trabalho tão digno. Muito obrigado.
O
SR. DR. GOULART: Muito
obrigado. Já que o Vereador mencionou, a minha mulher, Viviane, fez um trabalho
voluntário, ela que é envolvida na Saúde, ajudou o André Imar, Presidente da
PROCEMPA, na conexão entre Santa Casa e a Prefeitura de Porto Alegre, fazendo
com que as criancinhas pudessem navegar na Web. Ainda me lembro, e o
Ver. Besson deve se lembrar, das carinhas, com bandagens, às vezes, na cabeça,
nos vidros, encostadas, morrendo de curiosidade, um pouquinho antes da
inauguração das máquinas. Estavam ali aqueles olhinhos grandes, pelo menos com
a esperança de passarem bons momentos, de conseguirem contatar com os seus
familiares, com os seus amiguinhos de colégio, suas professoras que estão
distantes; pelo menos, uma esperança de que a vida possa ser um pouquinho
melhor com eles. Uma das coisas que eu não entendo dentro do fenômeno
metafísico, dentro das crenças e da fé, como é que as crianças podem ter
câncer, como é que as crianças podem ter tumores, como é que pode sofrer um
inocente?! É uma das coisas que eu não consigo explicar para a minha
imaginação. Mas com a PROCEMPA trazendo para elas esse aspecto lúdico, esse
aspecto de aprendizado, esse aspecto da comunicação faz com que eu e o Ver.
Besson possamos, pelo menos nessa parte do Governo Fogaça, louvar e com muito
carinho. E o nosso abraço pela compaixão com o ser humano, um pouco de alegria
para quem sofre.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Passamos à
(até 06 oradores/10 minutos/com aparte)
4ª SESSÃO
PROC. Nº 8022/07 - PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 021/07, que estima a receita e fixa a despesa do
Município de Porto Alegre para o exercício econômico-financeiro de 2008.Com Emendas nos 01 e 02.
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta
Especial.
O
SR. ADELI SELL: Verª
Maristela Meneghetti, presidindo os trabalhos; colegas Vereadoras e Vereadores,
não se preocupem, senhoras e senhores, pois a oposição está vigilante, atenta.
Brasinha, a oposição não dorme no ponto nesta Casa e não vai esquecer tão
facilmente os acontecimentos, por exemplo, da Lei Orgânica, desculpe, da Lei
Orçamentária, do PPA e da LDO com vários e vários erros. Nós estamos debatendo
o Orçamento de Porto Alegre, que tem dois bilhões 820 milhões e 570 mil reais
para arrecadar e para gastar. A nossa grande preocupação está fundamentalmente
no item Receitas, porque nós temos que arrecadar 216 milhões em IPTU.
Conseguiremos arrecadar? Indiscutivelmente que poderemos arrecadá-los, mas para
isso é preciso ter uma atenção maior na gestão da cobrança. Se nós não
tivéssemos os atrasos costumeiros em regularização fundiária... E a Prefeitura
deveria ter a coragem de brigar com alguns cartórios. Quando eu fui Secretário,
disputei muito essa questão com um determinado cartório da Cidade com o qual o
Secretário Fortunati me disse que enfrenta os mesmos problemas. Pois eu disse:
“Se o senhor quiser, venha para a Câmara e coloque os problemas desse cartório,
que nós vamos apoiar”, porque é o verdadeiro ‘tranca-rua’, sempre tem um
problema na legalização dos terrenos, das casas, dos apartamentos. Poderíamos
estar arrecadando mais e melhor.
Quanto
ao ISS, nós precisamos ter a fiscalização devida em alguns setores que
precisamos acompanhar mais e melhor. Por exemplo, se a Prefeitura fizesse um
convênio com o Cremers... Vou adiantar aqui que na minha mesa eu tenho dez
alvarás de um mesmo endereço, na rua Padre Chagas, de clínicas fantasmas. Pois,
se tivesse uma fiscalização efetiva do ISS, porque se tivessem tantos endereços
de clínicas num único endereço, numa única sala, já poderíamos desconfiar. E
como eles registraram, eles têm que pagar. Inclusive eu estou investigando
essas dez clínicas, e várias delas coincidentemente estão registradas no nome
de uma pessoa que tem o seu registro, do Cremers, cassado, e também
médicos que tiveram a baixa dos seus números no Cremers. Se tivesse
fiscalização, nós arrecadaríamos mais e melhor.
Eu quero também discutir a questão do ICMS, porque
nós temos uma previsão de arrecadação de 393 milhões e 60 mil reais. Ver.
Nedel, V. Exª é um especialista no tema, eu acho muito pouco para Porto Alegre
que, no Dia das Mães, no Dia dos Namorados, no Liquida Porto Alegre, no Leva
Tudo Porto Alegre, no Dia das Crianças, no Natal... Observem só as manchetes,
em regra geral, os nossos aumentos são de 5% a 7%, ultimamente são 9% a cada
ano nessas festas importantes. Como nós estamos estagnados nos últimos anos na
arrecadação do ICMS, ou quando, em 2005, tivemos uma perda de 20 milhões e, em
2006, uma perda de 49 milhões? Vereador João Dib, V. Exª que é um atento nessa
área, esses são os números, não são, Ver. João Dib? Então, algum problema há.
Há um problema de fiscalização e uma falta de integração entre o Governo do
Município e o Governo do Estado. E aí querem aumentar os tributos mais uma vez.
Este debate eu gostaria, por exemplo, de fazer com o Ver. Ismael Heinen, que
costuma falar mal dos problemas da arrecadação federal, mas nunca se lembra dos
problemas da arrecadação de Porto Alegre e do Governo do Estado. É um negócio
meio estranho. Nós, diferentemente, temos outra postura, nós tratamos as
questões de Porto Alegre. E é interessante, quando o PT era Governo diziam que
muitas vezes a nossa Bancada se comportava como Senadores e Deputados Federais
ou fazíamos um debate sobre a revolução internacional, pois agora estamos vendo
que aqueles que criticavam estão fazendo aquilo que nós jamais fizemos, é que
nós fazemos sempre uma ligação entre as questões gerais com as questões locais.
Agora, nós queremos saber, e eu quero saber, e
ninguém da base do Governo conseguiu me responder sobre o item Não à Violência,
da Secretaria da Juventude, do Sr. Mauro Zacher: cinco mil reais. Interessante,
ontem, teve a Tenda da Juventude. Alguém tem notícia de como foi? Mas, eu sei;
eu sei. Talvez dessa vez o Secretário estivesse mais atento, mas a licitação
nunca existe nesses casos. É por isso que se gasta tanto na Tenda da Juventude
que tem 200 mil reais para gastar. Está no Orçamento! Sempre a mesma empresa,
Ver. Nedel, sempre sem licitação. Estranho, não é? V. Exª que é um contador
atento, o senhor não se deu conta ainda dessa situação? V. Exª pode ver que a
Bancada do PDT não tem como defender, porque eu acho que ele já se excluiu e o
trabalhismo tem uma história neste Estado, neste País, que é de aplicar em
Educação integral, construir escolas, salas de aula. Lembram das brizoletas do
Governo de Leonel Brizola? Pequeninas escolas espalhadas pelo Estado inteiro,
elas existes até hoje e resistem até hoje, algumas delas. Agora, a Tenda da
Juventude é como o vento que traz algumas chuvas da Argentina: quando vem, vem
com tudo e desaparece. É interessante. Nós estamos atentos a isso. E como já
dissemos outras vezes: nós queremos ver como se fecham todas essas janelas
abertas nesse Orçamento. Vão ter condições de fechar? E com quanto? Essas são
algumas perguntas e alguns questionamentos que eu faço, e é a terceira vez que
debato sobre o Orçamento deste ano e não tenho respostas da base do Governo.
Eu continuo esperando as respostas. Será que posso
esperá-las? Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver.
Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir a pauta Especial. (Pausa.)
Desiste. O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta
Especial.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, quando o PT foi
Administração, ao longo de 16 anos, eu fui à tribuna muitas vezes para discutir
a Lei de Diretrizes Orçamentárias, para discutir a Proposta Orçamentária,
enfim, muitos assuntos da Administração Municipal e, em nenhuma vez eu disse:
quando eu fui Secretário..., porque eu acho que tudo é diferente.
Então, na realidade, nós estamos discutindo o
Orçamento para o ano que vem. Nada de novo acontece nos debates, nós nos
repetimos. Eu acho até que nós deveríamos, para o próximo ano, reduzir o tempo
para o debate, de dez para cinco minutos, pois, quem não consegue dizer em
cinco minutos, também não diz em cinqüenta minutos.
Então, eu olho e vejo: o que é que eu vou
acrescentar? Muito pouco. Eu não falei ainda no Orçamento Participativo. O
Orçamento Participativo foi mantido, o Prefeito realizou obras de 1999, de
1998, de 2001, 2002, 2003 e 2004; então, é só isso que eu posso dizer.
Posso falar de novo no ISSQN. Eu posso dizer que o
SUS, o dinheiro que veio do Governo Federal, neste ano de 2007, vai-se igualar
ao ano de 2002. Portanto, depois que o Presidente Lula assumiu, os recursos
foram diminuídos; vai-se igualar o ano de 2007 a 2002, porque eu não estou
fazendo a correção do valor de 2007, só para a inflação de 2002 a 2007, porque
daí não chegava.
Eu vou dizer que nós estamos recebendo menos ICMS
do que está previsto, e que vai acontecer isso de novo. E que o valor do ICMS é
fornecido para o Orçamento pelo Estado em função da previsão orçamentária do
Estado, em que 25% são destinados para os Municípios; destes, o Município de
Porto Alegre tem menos de 12%. Então, pouca coisa eu posso dizer.
Espero que este ano tenham mais obras a serem
realizadas. Alguns empréstimos de vulto já estão autorizados pela Casa, nós
vamos conseguir fazer uma série de obras, e acho que nós estamos num bom
caminho.
Mas acho, Srª Presidenta, Verª Maristela
Meneghetti, que nós deveríamos reduzir o tempo de discussão para cinco minutos,
porque nós teríamos tempo de sobra, e não precisaríamos criticar os atuais
governantes nem os anteriores; apenas colocaríamos os nossos números para serem
discutidos, porque é dever, é poder do Vereador fiscalizar, cumprir o seu dever
examinando a Execução Orçamentária.
Hoje é dia 29, deve estar no Diário Oficial a
Execução Orçamentária, o Balanço Orçamentário do mês de setembro, e nós vamos
poder fazer uma apreciação de nove meses.
Até então, nós fazíamos de oito meses, porque era o que tínhamos nas mãos, de
Despesa e Receita. E, hoje, deve ter mais um dado; na próxima quarta-feira, ou
talvez na quinta-feira, eu devo discutir esses números, para que nós possamos
ajudar e ver se está funcionando bem.
Eu
estou preocupado, porque acho que não vai acontecer, não vai se realizar a
Receita prevista. E Orçamento fixa a Despesa e orça a Receita, e o orçado, às
vezes, não se realiza.
Portanto,
eu espero que o debate seja mais profícuo, e não apenas críticas, críticas e
mais críticas. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver. João Antonio Dib.
O
Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Srª
Presidenta, Verª Maristela Meneghetti, nobres Vereadores e Vereadoras, quanto à
Pauta Especial do nosso Orçamento, vejo com preocupação as colocações do colega
Ver. João Antonio Dib no sentido de que o ICMS do Município tende a diminuir.
Foi isso que eu entendi de Vossa Excelência? Isso, a meu ver, vem de uma
política municipal pública em que há deficiência de investimento em projetos de
efeito multiplicativo. Isso a gente traz da experiência de executivo da
iniciativa privada: para a gente sair de um sufoco é preciso fazer as obras
prioritárias que tragam a contrapartida de investimentos para o Município. E
Porto Alegre, de repente, não está fazendo o seu “dever de casa”, de investir
nessas prioridades que trazem retorno, que geram impostos para o Município.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Mas,
com certeza, o Município também está com uma arrecadação menor, o que
influencia no ICMS do Estado, tem uma correlação intrínseca nesse cálculo. Mas
o que eu digo é que há falta de investimentos reais. É uma realidade: os
investimentos pontuais o Município não têm. Isso vem muito da nossa política
brasileira, hoje, em que as verbas federais já vêm pré-determinadas para algum
projeto e não para aquilo que o Prefeito, às vezes, tem necessidade de
executar.
Quero
também tecer algumas considerações sobre as notícias de que a Prefeitura vai
arrecadar mais de 60, 70, 80 milhões de reais ao vender a folha dos funcionários.
Oitenta e sete milhões de reais! Isso é devido a um sistema anacrônico dos
banqueiros do País! Por isso é que as taxas dos bancos crescem 954%, justamente
para poder financiar esse tipo de negociação, para pegar a folha de pagamento
dos funcionários, e, se o Município abrisse para outros bancos, talvez
conseguisse até mais, porque eles têm dinheiro para pagar devido às taxas que o
funcionário vai pagar para o banco.
O
Sr. Carlos Todeschini: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Agradeço pelo aparte, Ver.
Ismael. Quarta-feira ingressaram no caixa do Município 87 milhões de reais
provenientes da folha de pagamento, no lombo do funcionalismo! E,
lamentavelmente, na sexta-feira já haviam sido gastos 45 milhões com
penduricalhos no Governo. Isto é o mais lamentável!
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Não
é tanto no lombo do funcionalismo, mas, sim, em cima das taxas que os bancos
cobram. Mas eu estou trazendo isto, porque eu também quero dizer que o sistema
perfeito, hoje, a política perfeita é o crédito cooperativo. A Prefeitura, o
Município, está trazendo, de certa forma, o crédito cooperativo para Porto
Alegre. Tivemos, agora, a inauguração de mais uma agência do Sicredi, na Av.
Alberto Bins. Está se espalhando, porque essa sim é uma política bancária
altamente enxuta, haja vista que não há custo para se abrir conta. Não se paga
para abrir uma conta! Com certeza, o Sicredi não poderia bancar esses 87
milhões, porque ele não cobra do depositário taxas de conta, e as menores taxas
de empréstimo e de cartão de crédito são as do sistema cooperativo.
Acho
que temos de nos modernizar - o sistema público -, e tirar essa avalanche de
taxas que os bancos estão cobrando dos seus depositários. Logicamente que a
Prefeitura não poderia se eximir de buscar esse recurso para aplicar. Só um
senão ao meu amigo Prefeito Fogaça: eu não faria um contrato de cinco anos,
Ver. Todeschini. Esse contrato de cinco anos me parece um tanto quanto
antiético. Teria que fazer um contrato até o final da Administração dele, porque,
se fosse ele o próximo Prefeito, teria que fazê-lo por mais quatro anos. Quer
dizer, invadir o exercício da frente é legal, mas eu acho um pouco antiético.
Da
mesma forma, também, eu tenho dito aqui da minha admiração quanto à parte
financeira que o Prefeito Fogaça imprimiu à sua Administração para poder
recuperar as finanças do Município. E nós, do Partido Democratas, não fazemos
parte inerente à base do Governo, mas teve o meu apoio com 80% dos votos quanto
à governabilidade, em relação ao que ele afirmou na campanha, quando era
candidato a Prefeito, no sentido de que não aumentaria impostos. Vê-se que,
agora, também o meu professor, o nobre Prefeito, apóia a Governadora Yeda
Crusius para aumentar o ICMS no Estado do Rio Grande do Sul. Nada contra isso,
mas ele disse que era contra o aumento de impostos, e ele não aumentou só a
Taxa de Iluminação. Porém, o mesmo não acontece a respeito da CPMF em Brasília.
A mesma coisa não ocorre com a Receita destinada de Brasília, a CPMF, que vem
onerar o Município de Porto Alegre.
O
que nós precisamos para termos um Orçamento Municipal que realmente faça a
inclusão social na cidade de Porto Alegre, que a torne mais ágil, mais limpa,
mais saudável? É nós agilizarmos investimentos que priorizem e que tragam de
volta ao Município os investimentos aplicados em forma de tributos. Isto é o
que a Prefeitura deve ter em conta ao trazer as empresas e ao fazer os
investimentos públicos.
Seriam
estas as minhas considerações no dia de hoje. Agradeço a atenção dos nobres Pares.
Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Obrigada,
Ver. José Ismael Heinen.
O
Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Ilustre
Presidenta, Maristela Meneghetti; estamos em mais uma discussão preliminar da
Pauta Especial sobre o Orçamento da nossa Cidade, e o Ver. Adeli, muito
responsavelmente, falou da sua preocupação com a arrecadação do ICMS, ou seja,
com o retorno do ICMS para Porto Alegre. Efetivamente, a preocupação é
pertinente, porque todos nós sabemos que o Estado do Rio Grande do Sul está com
muita dificuldade financeira. E na página de introdução do nosso Orçamento há
uma observação que diz: Verifica-se também que o valor adicionado fiscal para Porto
Alegre em termos percentuais apresentou uma evolução crescente desde 2003, 2004
e 2005. Em 2003, tinha uma variação de 9%, passando para uma variação positiva
de 16%, em 2005. Isso é alvissareiro, embora as dificuldades financeiras do
Estado, que, nesse mesmo período, em 2003, apresentou um valor adicionado
fiscal de 20,1% e, em 2005, baixou para apenas 1,5%. É preocupante esse
decréscimo no valor adicionado fiscal do Estado do Rio Grande do Sul. Esperamos
que essa evolução seja uma constante em Porto Alegre, porque nós dependemos
bastante da arrecadação, do retorno do ICMS para a nossa Capital.
Eu
gostaria de falar um pouco sobre o Orçamento da nossa Câmara, do que nós ainda
não falamos. Ao menos, está prevista para o Orçamento de 2008 a continuidade das
obras no nosso Palácio Aloísio Filho. Há muitos anos nós estamos solicitando a
construção de um anexo para que esta Casa possa prestar melhores serviços à
população; embora isso já constasse em alguns Orçamentos, Verª Neuza Canabarro,
essa rubrica de conclusão das obras do Palácio Aloísio Filho nunca se
concretizou devido às variações que ocorreram, ano após ano. Esperamos, então,
que para o ano de 2008 isso possa ocorrer.
Também
está orçada a transferência das seis salas das Comissões Permanentes para três
grandes salas de reuniões, que serão ampliadas e reformadas - isso
proporcionará mais agilidade às salas das comissões, vai permitir que o público
seja melhor acomodado e também vai liberar o Plenário Ana Terra para outras
funções desta Casa. Também está prevista a reforma da sala da Taquigrafia e uma
adequação do mobiliário próprio. Prevista também uma modernização da atividade
legislativa. Previsto também o salão de artes plásticas da nossa Câmara
Municipal. Também está prevista a substituição e manutenção de máquinas,
equipamentos e mobiliários das repartições da Câmara - uma modernização do
nosso equipamento. E a implantação do nosso estúdio de sonorização, incluindo
os equipamentos necessários.
Ou
seja, ao menos está prevista, no Orçamento do ano que vem, uma modernização das
atividades da nossa Câmara Municipal. Esperamos, com isso, que as atividades
desta Casa também sejam agilizadas, visando prestar um melhor serviço à nossa
população.
Eu
gostaria também de enfatizar que está prevista, Ver. Adeli Sell - acredito até
que é uma idéia de V. Exª, de muito tempo -, a criação da Agência de
Desenvolvimento de Porto Alegre. Vossa Excelência já tem falado nisso. Acho que
é uma idéia que surgiu quando V. Exª era o Secretário da Indústria e do
Comércio. Então, ao menos já está prevista a implantação dessa Agência de
Desenvolvimento, porque Porto Alegre precisa e merece uma agência que pense o
desenvolvimento integral da nossa Capital, e também de uma agência que possa
investir na infra-estrutura e em outros aspectos para adequar os investimentos
na nossa Capital; especialmente, Ver. João Antonio Dib, na área de tecnologia
avançada. Nós somos uma Capital vocacionada para os serviços, e precisamos nos
modernizar e estar na frente do desenvolvimento sustentável. Nós já temos o
Tecnopuc, nós já temos a solicitação da criação de um pólo tecnológico - cujo
Projeto, de autoria do Ver. Newton Braga Rosa, está em andamento nesta Casa -,
já temos para breve o funcionamento do Ceitec, que também vai dar um salto no
desenvolvimento tecnológico da nossa Capital. É a nossa Capital andando. A
nossa Capital está crescendo especialmente nos setores evoluídos, avançados, de
tecnologia de ponta. Isto é muito importante para a nossa Capital.
Temos
também - já que se fala muito no Hospital Geral da Restinga - uma verba
prevista, um programa para esse hospital. Por outro lado, a situação financeira
do Hospital Vila Nova e do Hospital Parque Belém me preocupa; são duas
estruturas fortes que nós temos na Zona Sul e que passam por muitas
dificuldades, porque são hospitais que recebem muita verba do SUS. Nós sabemos
que a verba do SUS, atualmente, é deficitária para os hospitais, que suportam,
com outros convênios, e particulares, o prejuízo que o SUS oferece. Esperamos
que a verba que o Ministro Temporão alocou em sua última visita à nossa Capital
seja para uma atualização dos valores da tabela do SUS; eles são deficitários,
e isso prejudica a Saúde de Porto Alegre. E não é disso que a nossa Capital
precisa!
Nós
aprovamos, recentemente, a criação da Secretaria Municipal do Turismo; já temos
uma previsão de 798 mil reais para essa Secretaria e mais 269 mil e 508 reais
para investimentos em Turismo. Esperamos que, finalmente, Porto Alegre acorde
para o turismo, que gera emprego, renda e impostos para a nossa Capital. Muito
obrigado, Srª Presidenta.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver. João Carlos Nedel.
Apregôo
a Emenda nº 03 ao PLE nº 021/07: “Construção e implantação de uma
Unidade Básica de Saúde no Loteamento Clara Nunes, no bairro Lageado, em
terreno doado pela comunidade”. Emenda de autoria do Ver. Mario Fraga.
Apregôo
também a Emenda nº 04 ao PLE nº 021/07: “Recapeamento asfáltico da Av.
do Lami, trecho compreendido do seu início ao número 1.150, no bairro Belém
Novo”. Emenda de autoria do Ver. Mario Fraga.
O
Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
(Aparte anti-regimental do Ver. Carlos Todeschini.)
Ver.
Guilherme Barbosa, meu querido amigo, com todo o respeito que tenho por V. Exª,
há muita obra na Cidade. V. Exª mesmo foi Secretário da SMOV, mas nunca
recapeou a Cidade, e hoje várias ruas estão sendo asfaltadas.
Então, me levam a pensar assim: Vem cá, quem é que
está tão errado assim, que a oposição cobra, e cobra; o Ver. Todeschini fala do
DMAE, o Ver. Guilherme Barbosa fala da SMOV, enfim, em tudo?
Eu lhe confesso, Ver. Todeschini, que eu não tenho
muita saudade de vocês. Porque cada Administração tem o seu erro, e vocês não
querem admitir, Vereador! Mas, Vereador, se vocês fossem tão perfeitos, não
teriam saído do Governo! Tiveram 16 anos, isto não é um ano, dois anos, três
anos, quatro anos. Foram 16 anos, isso significa 5.844 dias. Eu estou há 1.031
dias como Vereador aqui e fico pensando: eu não aprendi tudo ainda. Aí, na rua,
há pessoas que também têm saudades do Ver. João Antonio Dib como Prefeito, que
trabalhou 999 dias como Prefeito da Cidade. Há muita gente que tem saudade de
V. Exª, Prefeito!
Também quero dizer que o Ver. Luiz Braz, grande
Vereador, hoje completa 8.700 dias como Vereador. Então, Ver. Luiz Braz, V. Exª
sabe melhor do que eu que a oposição cobra. Está certo, a oposição tem que
cobrar mesmo, mas só há um detalhe: tem que olhar o que está sendo feito na
Cidade. Mas, pelo amor de Deus, Vereador, eu vou propor para o Prefeito Fogaça
fazer um tour com os Vereadores da oposição para mostrar as obras para
Vossas Excelências. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver.
Alceu Brasinha.
Apregôo a Emenda nº 05 ao PLE nº 021/07: construção
do prédio do Centro Cultural de Belém Novo, com área aproximada de 300 metros
quadrados, no local conhecido como Praia do Leblon, no bairro Belém Novo.
Apregôo a Emenda nº 06 ao PLE nº 021/07:
Pavimentação da Rua Florenciao Farias, no bairro Belém Novo: trecho de
100 metros, iniciando na esquina da Rua Jorge Mello Guimarães em direção a Rua
Podalirio Teixeira Machado.
Ambas as Emendas são de autoria do Ver. Mario
Fraga.
A Verª Margarete Moraes está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. MARGARETE MORAES: Srª
Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Vereadoras e Vereadores, público que nos
assiste, falo em nome da Bancada do meu Partido e quero agradecer ao Ver. Adeli
Sell. Hoje pela manhã, a Câmara Municipal, através da Comissão do Plano
Diretor, elegeu a nova Coordenação que vai revisar o Plano Diretor em Porto
Alegre.
Queremos, com muito respeito, parabenizar o Ver.
Nereu D’Avila, o Ver. Luiz Braz e a Verª Maristela Meneghetti, mas nós temos a
obrigação moral de registrar a nossa inconformidade com o método que foi
adotado nessa eleição hoje. Ou seja, nós acreditamos que cada Vereador ou
Vereadora desta Casa tem a obrigação de compreender, analisar e se debruçar
sobre todas as questões relativas à vida pública em Porto Alegre, a nossa
Cidade. No caso de hoje, um dos princípios fundamentais da democracia,
sobretudo no Legislativo, é a proporcionalidade, e a maior Bancada desta Casa
merecia, com certeza, o respeito da Bancada governista para compor essa
Coordenação.
Nós, com muita alegria e satisfação,
disponibilizamos o nome do companheiro Ver. Guilherme Barbosa, engenheiro, com
experiência no próprio Plano Diretor quando era Secretário de Obras do nosso
Governo. Nós queríamos contribuir com a Cidade, contribuir com esta Casa,
colocando alguém do porte do Ver. Guilherme Barbosa como Relator, um militante
social. Qualquer pessoa que com ele convive aqui, ou que o assiste pelo Canal
16, ou que o conhece sabe que é rigoroso, exigente, conciso, jamais se rende a
uma fala demagógica, uma fala sensacionalista. Nós sabemos que o Guilherme
honra as suas convicções mais caras, e aí ele pode ser considerado uma pessoa intransigente,
mas é uma pessoa do diálogo. E nós achamos que caberia a essa Comissão conferir
um peso relativo à Bancada do PT e contemplá-la na Comissão principal. A maior
Bancada certamente merecia a Relatoria.
Nós também queremos registrar aqui e agora o nosso
profundo respeito pelo Ver. João Dib, pelo Ver. Elói Guimarães, porque,
sobretudo, eles têm nitidez ideológica, têm controle ideológico, daqueles que
jamais temem a democracia. A escolha do indicado pelo PT é uma prerrogativa do
nosso Partido, e nós não abrimos mão disso. O nosso nome era, e continua sendo,
se fosse possível, do Ver. Guilherme Barbosa, por todas as qualidades que ele
tem.
O que eu queria questionar agora, à base aliada, é
algo que nós não conseguimos compreender: por que é que deram, Ver. Luiz Braz,
a Sub-Relatoria ao Ver. Dr. Goulart? Pois ele não é uma pessoa que tenha
especialidade ou que tenha foco, no seu trabalho, nessa área. Aliás, eu quero
dizer ao Ver. Dr. Goulart, com todo o respeito que tenho por ele, que
fidelidade partidária é algo que não consta no seu repertório. Não
compreendemos por que ele não votou com o Presidente estadual do seu atual
Partido. Ele já trocou de Partido, mas não conseguiu ser fiel ao PTB; já não
foi fiel ao PDT antes. Quero dizer ao Ver. Dr. Goulart que as Áreas Especiais
de Interesse Cultural foram baseadas na Carta de Veneza, que foi chancelada
pela UNESCO, tem princípios, e o que não pode acontecer, em Porto Alegre,
sobretudo no Plano Diretor, é o vale-tudo, a lei do mais forte ou a lei do mais
poderoso. Existem movimentos espontâneos de militantes na cidade de Porto
Alegre, como o Porto Alegre Vive, que vai acompanhar de perto as comissões,
sobretudo esta Comissão das Áreas de Interesse Cultural e Ambiental. A nossa
Bancada, com todo o respeito aos eleitos, como eu já disse, ao Ver. Luiz Braz,
ao Ver. Nereu D’Avila e à Verª Maristela Meneghetti, vai dar a sua
contribuição, como sempre, vai ser presente, vai ser atuante e vai querer
trabalhar pelo melhor Plano Diretor para a cidade de Porto Alegre. Muito
obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA.
PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Verª Margarete Moraes.
Apregoamos a Emenda nº 07 ao PLE nº 021/07,
proposta pelo Ver. Mario Fraga: pavimentação do trecho restante da Rua Darci
Pereira Pozzi, no Bairro Restinga: trecho de aproximadamente 400 metros.
Apregoamos a Emenda nº 08
ao PLE nº 021/07, proposta pelo Ver. Mario Fraga: pavimentação do trecho
restante da Rua Beco da Vitória, no Bairro Belém Novo: trecho restante de
aproximadamente 300 metros.
O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ
BRAZ: Srª Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Sras. Vereadoras, Srs.
Vereadores, senhoras e senhores, eu sempre manifestei aqui a minha admiração
pela Verª Margarete Moraes, mas hoje ela fez um discurso retrógrado da tribuna.
Ela simbolizou aqui uma figura daquilo que o PT já foi, e que parece que não é
mais; até na relação que estabelecemos aqui no Plenário. Não acredito que as
justiças são feitas quando nós vencemos, e que quando nós perdemos tudo se
torna injusto. Tenho realmente admiração pelos Vereadores, pela conquista dos
postos que existem dentro da Comissão do Plano Diretor; todos eles são muito
qualificados, e mesmo aqueles que queriam e não colocaram seus nomes, tinham a
qualificação necessária para exercer a função, tanto na presidência, como na
relatoria, como também na vice-presidência. O que não se pode dizer é: “ah, se
não ficou para o meu Partido - e esse foi o discurso feito pela Verª Margarete
Moraes -, tudo é injusto, porque as coisas só seriam justas se o meu Partido
ganhasse tudo”! Ora, pára com isso! Acho que não podemos mais ter essa relação
aqui nesta Casa. Todos temos que trabalhar no sentido de fazer o melhor Plano
Diretor; não o Plano Diretor desse ou daquele Partido.
Verª
Margarete, sei que V. Exª pode dar grande contribuição principalmente na área
da Cultura, mas não pode, de repente, apontar o dedo na direção do Ver. Dr.
Goulart e dizer que ele não é uma pessoa qualificada para discutir o campo da
Cultura, porque, afinal de contas, o Ver. Dr. Goulart é um médico que milita no
carnaval há muito tempo, tem realmente uma participação muito grande no campo
cultural, principalmente nesse, que é muito importante realmente para todos
nós, que é o carnaval. Mas não fica só nisso, porque se ele não fosse alguém
que tivesse uma penetração no campo da Cultura, ele não seria a pessoa que ele
é, e não teria essa representatividade que ele tem demonstrado aqui. Se o Ver.
Dr. Goulart não tiver todos os conhecimentos no campo da Cultura, que a Verª
Margarete - uma pessoa qualificada - o ajude nessa missão de fazer com que a
sua subcomissão realmente possa se sair bem e dar para esta reforma, esta
revisão do Plano Diretor tudo aquilo que nós esperamos. O que não pode
acontecer é que se foi o Ver. Dr. Goulart que ganhou a Comissão, e não foi
alguém do PT, Ver. João Dib, é agora quererem inviabilizar o trabalho do Ver.
Dr. Goulart para que ele não consiga fazer esse trabalho, que eu já disse que é
o trabalho do passado do PT. Eu tenho notado que o trabalho moderno do PT, que
tem sido comandado pelo seu novo Líder, o Ver. Adeli Sell, tem sido um trabalho
diferenciado; tem sido um trabalho diferente. A gente tem estabelecido um
diálogo melhor com o PT nos últimos tempos. E o PT, realmente, assim como todos
os Partidos, tem muita contribuição para dar nesta Comissão do Plano Diretor.
Acho que nós estamos, aqui, analisando e votando o Projeto mais importante, ou
um dos mais importantes que existe para a nossa sociedade. Nós estamos, aliás,
analisando dois processos importantes. Um, o processo do Orçamento, que, para
mim, sempre é o processo mais importante. E o outro, que é o do Plano Diretor.
Mas todos os Vereadores da Casa têm obrigação de intervir nos debates, na qualificação,
na confecção desta Legislação que nós temos que tirar aqui da Casa para que ela
seja a melhor possível. Nós não podemos marchar dentro desse diapasão que foi
aqui apontado anteriormente da tribuna de “se o meu Partido não ganhou, se não
foram os meus candidatos que venceram, nada serve. Então, temos que liquidar,
realmente, o processo do Plano Diretor, porque ele não está comandado pelo meu
Partido”.
Olhem, eu tenho um respeito muito grande pelo Ver.
Guilherme Barbosa, sei que o Ver. Guilherme seria um excelente Relator, com
toda a certeza, tem toda a qualificação para que isso pudesse acontecer, mas é
claro que, como o Ver. Guilherme Barbosa não ficou com a relatoria, ele pode
dar imensas contribuições para que, juntos, possamos fazer um grande trabalho.
O processo de confecção do Plano Diretor não é um processo de apenas um Partido
ou de um Vereador; é um processo que deve envolver os 36 Vereadores. A Lei que
nós tirarmos daqui tem que ser uma Lei boa por causa da intervenção de todos os
Vereadores. É o somatório de todos nós que vai realmente possibilitar que o
Plano Diretor seja, realmente, o melhor dos planos para a nossa sociedade com a
participação de cada um dos 36 Vereadores. Não é um plano que pode ser
individualizado. Não é o meu plano, não é o plano do Ver. Dr. Goulart, não é o
plano do Ver. Adeli, da Verª Margarete, ou de quem quer que seja. É o Plano
Diretor da cidade de Porto Alegre, e cada um de nós vai ser responsável por
aquilo que for feito na
revisão deste Plano, que nós começamos a trabalhar. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver. Luiz Braz.
Apregôo
a Emenda nº 09, ao PLE nº 021/07, que realoca recursos do Programa Gestão Total
para o Programa Bem-Me-Quer; Projeto combate à drogadição e exploração sexual
infantil - Disque-Denúncia, no valor de R$ 10.000,00.
Apregôo
a Emenda nº 10, ao PLE 021/07,
que realoca recursos do Programa Gestão Total para o Programa Carinho não tem
idade; Projeto de Bem com a Vida, no valor de R$ 10.000,00; ambas de autoria do
Ver. Almerindo Filho.
O
Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra em Pauta Especial. (Pausa.) Ausente. O
Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
O
SR. MÁRCIO BINS ELY: Exma
Srª Presidenta, Verª Maristela Meneghetti, na pessoa de V. Exª quero
cumprimentar os demais Vereadores e Vereadoras desta Casa, público que nos
assiste nas galerias, pela TVCâmara, senhoras e senhores. Eu venho a esta
tribuna no período de Pauta Especial tecer alguns comentários a respeito do
Orçamento, da Lei Orçamentária que está sendo debatida nesta Casa. Já fiz
menção a este assunto na semana passada, mas gostaria de voltar a este tema,
porque estive, durante o ano de 2006, responsável pela Secretaria Municipal de
Esportes, Recreação e Lazer, na condição de Secretário, e realmente pude
perceber que um movimento, e uma iniciativa muito importante, com um resultado
bastante expressivo, se consolidou na nossa Cidade, e diz respeito a um grande
investimento no incentivo ao esporte e às atividades esportivas na nossa
Capital. E falo aqui, Srª Presidenta, do Projeto de Lei que se concretizou a
partir da função exercida pelo Secretário João Bosco Vaz, que foi o Projeto de
Lei, o Proesporte. O Proesporte vai destinar, no ano que vem, Ver. Luiz Braz,
aproximadamente um milhão de reais, que na realidade faz parte do Orçamento da
Secretaria de Esportes e que fica destinado a ser abatido do ISS e do IPTU
daquelas pessoas que julgarem oportuno patrocinar e investir em atividades
esportivas. Dez por cento do Orçamento da Secretaria de Esportes, Recreação e
Lazer ficam gravados para essa atividade e para esse Programa, representando
cerca de um milhão de reais.
Portanto,
posso assegurar aqui, Srª Presidenta, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, que
esse é, sem dúvida, um dos maiores projetos, ou quem sabe o maior projeto dos
últimos anos no que diz respeito a investimentos na área esportiva. Porque, na
realidade, a Prefeitura está abrindo mão de arrecadar esse valor, porque a
partir do momento em que essa legislação passa a vigorar, ao invés de a
Prefeitura receber um milhão de reais do pagamento do ISS e do IPTU, Verª Neuza
Canabarro, ela isenta o contribuinte desse efetivo pagamento, e, a partir daí,
o recurso não entra no cofre público e entra direto na promoção esportiva. Nós
sabemos que o esporte é um fator de inclusão social muito contundente, e, com
certeza, merece o nosso apoio e o nosso apreço.
Eu
falo isto também na condição de Vereador mais jovem desta Casa, Ver. João
Antonio Dib, e tenho certeza que o esporte tem na sua grande amplitude um
público jovem muito identificado. Sabemos que muitas são as ações que também
gravitam na terceira idade e em outros segmentos da sociedade, mas o jovem está
muito interligado com a questão do esporte.
O
Sr. Adeli Sell: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Meu caro Ver. Márcio Bins Ely, V.
Exª que é um douto advogado, tem condições, portanto, de analisar inclusive a
questão da legalidade da Lei Orgânica, e podia responder a questão das janelas,
por exemplo, de que eu falei. Podia, por exemplo, me responder sobre a questão
dos cinco mil reais do “Não à Violência” do Mauro Zacher, na Secretaria da
Juventude; podia me responder sobre os 200 mil reais da Tenda Juventude. V.
Exª, que tanto insiste em falar na juventude, está em campanha para substituir
o Secretário Mauro Zacher? Porque eu espero que ele não fique na Prefeitura.
O
SR. MÁRCIO BINS ELY: Ver.
Adeli Sell, com certeza não compete a mim fazer esse julgamento a respeito da permanência
ou não do Secretário Mauro zacher, mas, de imediato, quero dizer-lhe que nós o
estamos apoiando, que ele é o Secretário, e eu não tenho nenhuma intenção -
pelo menos até o presente momento - de substituir o Secretário Mauro Zacher.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Marcio Bins Ely, eu gosto de ver como
V. Exª se preocupa com a sua idade. Eu me preocupo com a experiência acumulada,
com a juventude acumulada, por isso que V. Exª não me parece tão jovem. Tem
maior experiência, tem, talvez, pouca idade. Mas isso não significa nada. Eu
espero que V. Exª possa acumular juventude com muita experiência. Saúde e PAZ!
O SR. MARCIO BINS ELY: Muito
obrigado pelo elogio, Vereador. Agradeço pelo seu carinho.
A Srª Neuza Canabarro: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Márcio, com todo o carinho
que lhe tenho, quero dizer que nós, que já passamos dos 60 anos, jamais
voltaremos a ter a impetuosidade do jovem, mas o jovem tem algo que precisa
chegar lá, que é a bagagem e a experiência. E quero dizer em relação ao Ver.
João Antonio Dib, por quem eu tenho o maior respeito, de que eu admiro muito a
cultura do cigano, em que o velho, o idoso é respeitado pela sabedoria, pelo
conhecimento, que vale mais que qualquer diploma e do que qualquer curso
superior.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Muito
obrigado, Verª Neuza; também agradeço o carinho e a manifestação dos
Vereadores.
O Sr. Mario Fraga: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Márcio, quero dar-lhe os
parabéns por ter trazido este assunto do Orçamento sobre o Proesporte e
principalmente sobre a nossa Secretaria de Esportes, do Secretário João Bosco
Vaz, que V. Exª já passou por lá e fez um bom trabalho, mesmo com essa pouca
idade que tem. Eu o admiro! V. Exª tem idade até para ser meu filho. Eu o
admiro pelo trabalho que tem realizado nesta Casa e pela sua juventude! E tenho
certeza de que, quando V. Exª chegar à idade dos companheiros que nos
antecederam, V. Exª estará numa posição bem destacada na vida política.
Em relação à Tenda da Juventude, que o Ver. Adeli
novamente traz, eu gostaria que V. Exª respondesse que o processo de licitação
da Tenda da Juventude já está sendo copiado aqui neste momento, para que V. Exª
continue a fazer a defesa ou apenas mostrar que o processo da Tenda da
Juventude é transparente, sim.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Eu agradeço
pelo aparte de V. Exª, e, nesse sentido, também quero dizer que realmente, ao
que nos consta, e formalmente nos foi passado, é que todo esse processo foi
feito através de pregão eletrônico, Ver. Adeli. Mas nós já estamos recebendo
cópia dessa documentação para que possamos fazer realmente uma argumentação e
uma defesa, com dados formais a respeito das acusações que V. Exª traz a esta
Casa.
O Sr. Haroldo de Souza: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Vereador, obrigado pelo aparte que
me cede. Eu também já tive a sua idade, e gostaria de lhe dizer que na hora em
que V. Exª chegar aos 63 anos, que é a idade que o velho aqui tem, eu gostaria
que V. Exª chegasse com a mesma disposição que está agora, porque uma coisa
devemos entender, quando nós achamos que o esporte só pode ser praticado ou só
pode ser vivenciado por jovens, ou só a juventude pode falar pelo esporte: nós
estamos condenando aqueles que não passaram ainda por esta vida, porque o sonho
de todos só termina quando termina a vida!
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Com certeza,
Ver. Haroldo, e nesse sentido quero dizer que muitas são as políticas públicas
adotadas na Secretaria de Esportes que visam exatamente ao esporte para a
terceira idade, muitas são as ações, muitas são as atividades conjuntas,
inclusive com o Gabinete específico da terceira idade, que é vinculado ao
Vice-Prefeito. Tenho certeza, e afirmo isso, que um número expressivo de jovens
está vinculado ao esporte, mas que todas as idades estão contempladas nas
atividades esportivas.
Também gostaria de fazer um gancho, Ver. Adeli, no
que diz respeito ao investimento em políticas públicas que possam conter ações
de vandalismo, violência, enfim, todas as atividades e programas a serem
instituídos em nossa Capital e possam fazer um enfrentamento a essa questão, à
questão segurança que assola a nossa sociedade de um modo geral, não só na
Capital.
Eu
tenho certeza de que cinco mil reais não representam tanto no Orçamento, para
que se possa, Ver. Adeli, construir uma política que traga resultados e
realmente, nesse sentido, quero discordar de V. Exª, porque acredito que todo e
qualquer movimento que possa dar subsídios, que traga elementos, que divulgue
um trabalho de conscientização onde se possa enfrentar essa questão
direcionando esse trabalho ao público jovem, ele merece o nosso apreço, o nosso
reconhecimento e o nosso apoio. Eu acredito que cinco mil reais não representam
um volume tão expressivo, como V. Exª traz e traduz na sua manifestação. Nós
sabemos o quanto representa o envio e a confecção de materiais gráficos, a
elaboração desse tipo de documentação. Nós temos um público em Porto Alegre e
uma população que bate aí na casa de um milhão e 400 mil pessoas, um público
jovem que representa um número expressivo dessa população, e nós temos que ter,
sim, subsídios e autonomia para poder desempenhar e desenvolver políticas
públicas nesse sentido.
Gostaria de agradecer a manifestação de todos os
Vereadores que nessa minha intervenção me apartearam, e dizer que estamos, sim,
construindo para também poder gravar aqui a nossa colaboração na caminhada dos
assuntos legislativos na nossa Capital, com muita humildade, responsabilidade e
profissionalismo. Muito obrigado, Srª Presidenta.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver.
Márcio Bins Ely.
Apregôo a Emenda nº 11 ao PLE nº 021/07, que
realoca recursos do Programa Gestão Total para o Programa Bem-Me-Quer - Projeto
Violência Não, no valor de 10 mil reais.
Apregôo a Emenda nº 12 ao PLE nº 021/07, que
realoca recursos do Programa Gestão Total para o Programa Lugar da Criança é na
Família e na Escola - Projeto Bonde da Cidadania, no valor de 20 mil reais.
Ambas de autoria do Ver. Almerindo Filho.
Não há mais Vereadores inscritos para discutir a
Pauta Especial. Encerramos, portanto, o período de discussão de Pauta Especial.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 1619/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 050/07, de autoria do
Ver. Márcio Bins Ely, que altera os arts. 3º e 4º da Lei nº 4.629, de 23 de
novembro de 1979, e alterações posteriores, que dispõe sobre a concessão de
reajustes tarifários para os serviços de táxis e táxis-lotação, estabelecendo
limites percentuais, nos quais deverão ser fixadas as tarifas do serviço de
transporte individual de passageiros (táxi).
PROC.
Nº 4018/07 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 019/07, de autoria do
Ver. Sebastião Melo, que altera o art. 65 e inclui § 9º no art. 67 e § 3º no
art. 67-A da Lei Complementar nº 7, de 7 de dezembro de 1973, e alterações
posteriores, que institui e disciplina os tributos de competência do Município,
estabelecendo prazos para decisões sobre consultas, reclamações e recursos e
para julgamentos de recursos de que trata essa Lei Complementar.
PROC.
Nº 5741/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 177/07, de autoria do
Ver. José Ismael Heinen, que altera o inc. I do § 3º e
inclui § 5º, ambos no art. 48 da Lei nº 8.133, de 12 de janeiro de 1998,
alterada pela Lei nº 8.323, de 7 de julho de 1999 (que dispõe sobre o Sistema
de Transporte e Circulação no Município de Porto Alegre, adequando a legislação
municipal à federal, em especial, ao Código de Trânsito Brasileiro e dá outras
providências), dispondo sobre a sinalização das vias que compõem o entorno dos
quarteirões onde se localizam os estabelecimentos públicos e particulares de
ensino, e revoga a Lei nº 10.198, de 11 de junho de 2007.
PROC.
Nº 7042/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 210/07, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Irmão Nicolás Rubio o logradouro
público não-cadastrado, conhecido como Rua 6422, localizado no bairro Ponta
Grossa. (Este projeto com parecer favorável das Comissões
Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento
de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 7148/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 225/07, de autoria do
Ver. Ervino Besson, que denomina Rua Jessé Silva o logradouro público
não-cadastrado, conhecido como Rua 6421, localizado no bairro Ponta Grossa.
(Este projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais
tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da
Câmara.)
PROC.
Nº 7336/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 234/07, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Max Breuel o logradouro público
não-cadastrado, conhecido como Rua 6423, localizado no bairro Ponta Grossa.
(Este projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais
tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da
Câmara.)
PROC.
Nº 7519/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 238/07, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Vitoldo Francisco Krolikowski o
logradouro público não-cadastrado, conhecido como Rua 6418, localizado no
bairro Ponta Grossa. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 8030/07 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 022/07, que cria 01
(uma) Função Gratificada junto ao Quadro do Magistério Público Municipal, e dá
outras providências.
PROC.
Nº 0006/07 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 006/07, que concede o prêmio Quilombo dos
Palmares à Sociedade Recreativa Beneficente e Cultural Academia de Samba União
da Tinga, na modalidade atuação na área artístico-cultural, à Yalorixá Vera
Beatriz Soares, na modalidade atuação na área afro-religiosa, e ao Centro
Ecumênico de Cultura Negra – Cecune –, na modalidade atuação política e social.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 6390/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 189/07, de autoria da
Verª Sofia Cavedon, que determina que as coberturas dos Telefones de Uso
Público – TUPs –, conhecidos como orelhões, se constituam de material
transparente e dá outras providências.
PROC.
Nº 7165/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 227/07, de autoria do
Ver. Haroldo de Souza, que institui o Serviço Municipal de Informação Sexual
para Jovens, que disponibilizará informações sobre saúde e educação sexual a
jovens acima de 12 (doze) anos de idade, e dá outras providências.
PROC.
Nº 6740/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 197/07, de autoria do
Ver. Haroldo de Souza, que proíbe o uso de aparelhos de telefone celular
durante as aulas, nas escolas públicas da Rede Municipal de Ensino, e dá outras
providências.
PROC.
Nº 7034/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 209/07, de autoria do
Ver. Claudio Sebenelo, que institui o Mês do Idoso, a ser comemorado
anualmente, entre os dias 21 de setembro e 20 de outubro, que passa a integrar
o Calendário Oficial de Eventos do Município de Porto Alegre, e dá outras
providências.
PROC.
Nº 4476/07 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 140/07, de autoria do
Ver. Márcio Bins Ely, que proíbe, no Município de Porto Alegre, a exigência de
cheque-caução, depósito em dinheiro ou qualquer outro tipo de garantia para
possibilitar a internação, nos hospitais da rede privada, de pacientes em
situação de urgência e emergência que possuam Plano de Saúde e dá outras
providências.
3ª SESSÃO
PROC.
Nº 6604/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 194/07, de autoria do
Ver. Elói Guimarães, que reconhece o Grupo de Diálogo Inter-religioso de Porto
Alegre – Dirpoa – como entidade cuja finalidade é prestar assistência
espiritual e litúrgica – celebrativa – em eventos oficiais e não-oficiais, no
Município de Porto Alegre, e dá outras providências.
PROC.
Nº 7104/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 213/07, de autoria do
Ver. Newton Braga Rosa, que institui o Dia da Guarda Municipal, a ser
comemorado anualmente, no dia 3 de novembro, que passa a integrar o Calendário
Oficial de Eventos do Município de Porto Alegre.
PROC.
Nº 7201/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 229/07, de autoria do
Ver. Nilo Santos, que institui o Dia da Marcha para Jesus – Caminhada dos
Evangélicos pela Paz, a ser realizado anualmente, no primeiro sábado do mês de
outubro, que passa a integrar o Calendário Oficial de Eventos do Município de Porto
Alegre.
PROC.
Nº 7421/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 235/07, de autoria da
Verª Sofia Cavedon, que denomina Rua dos Piás o logradouro público
não-cadastrado, conhecido como Rua P – Jardim Cascata –, localizado no bairro
Cascata. (Este projeto com parecer favorável das Comissões
Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento
de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 7782/07 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 020/07, que cria
Subseção III na Seção II do Capítulo III e acrescenta art. 47-A na Lei nº
8.986, de 02 de outubro de 2002, e dá outras providências. (quebra de
caixa/PREVIMPA)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta,
Verª Maristela Meneghetti; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, hoje,
em 1ª Sessão de Pauta há nove Processos; cinco em 2ª Sessão e cinco em 3ª
Sessão. Nós estamos próximos do fim do ano, e, é claro que a grande maioria
deles não será votada.
Alguns me chamam a atenção; aqui, o Ver. Sebastião
Melo faz uma alteração no Código Tributário do Município, tenho as minhas
dúvidas sobre a forma com a qual ele apresenta a sua proposição, porque não
fica muito claro, ainda que eu tenha lido a Exposição de Motivos e tenha olhado
o texto.
O Ver. Ismael Heinen quer, na forma da legislação
federal, aplicar o Código de Trânsito em Porto Alegre. Eu acho absolutamente
inviável fazer, num raio de 500 metros em torno de escolas, todas as ruas,
todos os cruzamentos com faixas de segurança. Não tem nenhum sentido, e nem o
Código de Trânsito Nacional leva a esse - que considero um exagero -, talvez,
um equívoco. De qualquer forma, se for mantido, eu considero que seja um
exagero.
Algumas denominações de logradouros, volto a dizer,
são extremamente importantes, porque ninguém quer morar na Rua A, X, Y, Z ou nº
1 ou nº 50; as pessoas querem morar numa rua com nome. E o Executivo poderia
mandar, também, projetos denominando logradouros pequenos, que não encontram
denominação, sobretudo o Executivo deveria identificar os logradouros. Não custa muito caro, poderia fazer com
publicidade, está autorizado para isso, e não vejo nenhuma movimentação nesse
sentido.
O
Executivo também está criando uma função de Vice-Diretor no Quadro de
Magistério Público Municipal, não há por que dizer que não possa ser feito.
Em
segundo dia de Pauta, o Ver. Haroldo de Souza tem dois Projetos de Lei: um que
institui o Serviço Municipal de Informação Sexual para Jovens, e outro que
proíbe o uso de aparelhos de telefone celular durante as aulas. Os dois são
corretos, os dois são necessários, há algumas dificuldades apontadas pela
Procuradoria da Câmara que são facilmente superáveis com a eliminação de um dos
artigos, que não altera a essência do Projeto. Portanto, o que o Vereador
pretende é válido.
Aqui
há a preocupação do Ver. Claudio Sebenelo, que institui o Mês do Idoso.
Eu,
olhando o jornal Correio do Povo de sexta-feira, vi uma foto e um noticiário:
“PSFs comemoram mês do idoso”. Portanto, já existe o Mês do Idoso em Porto
Alegre, é comemorado, sim, mas no Projeto de Lei há inserção de prêmios a serem
outorgados durante o Mês do Idoso, que eu acho que contraria aquilo que esta
Casa fez, diminuindo o número de prêmios, para que todo nosso trabalho seja
mais facilitado. Por outro lado, o Ver. Elói Guimarães, em 3º Sessão de Pauta,
quer reconhecer um Grupo de Diálogo Inter-Religioso de Porto Alegre. No mesmo
dia, por outro lado, o Ver. Newton Braga quer o Dia do Guarda Municipal. O Ver.
Nilo Santos - é por isso que eu quis citar o Ver. Elói Guimarães - institui o
Dia para Marcha para Jesus.
A
Verª Sofia Cavedon denomina Rua dos Piás. No momento em que a Câmara abriu o
Portal das Crianças, os piás devem ser homenageados. Está correta a Verª Sofia.
E também nesses três dias tem uma homenagem a uma procissão, uma proposição do
Ver. Nereu D’Avila. Eu acho que a Câmara está muito religiosa, o que é muito
bom; não faz mal para ninguém ser religioso. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver. João Antonio Dib.
Apregoamos
a Emenda nº 13, de autoria do Ver. Almerindo Filho, ao PLE nº 021/07, que
realoca recursos do Programa Gestão Total para o Programa Cidade Integrada -
Projeto Espaço Paradesportivo, no valor de dez mil reais.
Apregoamos
a Emenda nº 14, de autoria do Ver. Almerindo Filho, ao PLE nº 021/07, que
realoca recursos do Programa Gestão Total para o Programa A Receita é Saúde -
Projeto Lazer é Saúde, no valor de dez mil reais.
O
Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. ADELI SELL: Srª
Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; colegas Vereadoras e Vereadores, o Ver.
Márcio Bins Ely, diante da inoperância da EPTC, tomou a ofensiva de apresentar
um Projeto de Lei sobre as questões de reajustes tarifários nos serviços de
táxi e táxi-lotação. Eu o parabenizo por ter feito isso sendo membro da base do
Governo, e o senhor segue numa trilha de alguns colegas Vereadores, dos quais
eu não poderia deixar de citar aqui a Verª Neuza Canabarro, que teve a
iniciativa de apresentar alguns Projetos que efetivamente mexem com questões do
dia-a-dia de Porto Alegre, coisa que, inclusive, o Governo deveria estar
tratando. E, se estivesse tratando, como é de sua competência legislativa,
desse tipo de Projeto, talvez fosse mais fácil aprová-lo do que quando é
iniciativa de um Vereador, até porque, quando nós, que somos de oposição,
apresentamos esse tipo de Projeto, é difícil que os nossos nobres Vereadores os
aprovem, porque, infelizmente, há um bloco da base do Governo que vota contra
se o Projeto for do PT; a velha e má política brasileira de faltar com o
diálogo.
Eu
tenho dito aqui muitas vezes que a peleia é boa, mas, quando ela é exacerbada,
acaba virando um pandemônio. Por isso, muitas vezes, nós disputamos no campo
das idéias. Ultimamente, tivemos algumas alterações aqui, mas acho que a
maturidade, inclusive dos meus contendores, e a minha maturidade também,
ocorre, Ver. Márcio Bins Ely, não apenas pelo peso dos anos, pelo acúmulo de
experiência, como diz o Ver. Dib, mas também pela maturação política que a Casa
nos dá.
Eu
tenho muitas vezes conversado com o Ver. Guilherme Barbosa, que foi Secretário
do Município, junto com a Verª Margarete Moraes, com outros Vereadores, e nós
estamos calejados, sabemos como se tratam as coisas atrás e na frente do
balcão. Nós sabemos como tratar as coisas na globalidade, sabemos o que é
democracia participativa, o que é ditadura aqui e fora daqui. Nós sabemos o que
é demagogia e o que é ímpeto democrático - ímpeto no sentido de ajudar a
Cidade.
Então,
V. Exª coloca muito bem o Projeto de Lei, e não sei se V. Exª tem a posição da
EPTC, porque infelizmente a EPTC não responde Pedidos de Providências. Mas não
perde por esperar, porque eu estou fazendo um dossiê contra a Direção da EPTC.
Há vários Secretários que respondem sempre. Nós discordamos várias vezes do
Secretário Cecchim, mas nenhum Vereador pode dizer que ele não responde aos
telefonemas e e-mails, ninguém! Estou falando aqui de um Secretário que
é do PMDB, portanto, do Partido do Governo. Há outros Secretários, como o
Bosco, como fazia a Ângela e outros, que nos respondem educada e
civilizadamente. Já outros, como o Secretário da EPTC - e provavelmente V. Exª
já viu o Ver. Bernardino fazendo o mesmo tipo de crítica -, não dão a atenção
devida.
O
Sr. Alceu Brasinha: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Adeli, quero reforçar
essa grandeza que o senhor tem de ressaltar o trabalho do Secretário Cecchim,
de que realmente ele dá retorno. A gente liga para ele e, se não puder atender,
logo depois ele dá retorno. Isso sim, isso é Secretário que está preocupado com
a Cidade!
O
SR. ADELI SELL:
Vereador, até podemos ter discordância com V. Exª em alguns projetos, já
dissemos isso, mas nós não tiramos o seu mérito, qual seja, o de ser
propositivo. Eu também já disse isso à sua colega Maria Luiza, que tem um
conjunto de Projetos dos quais nós podemos discordar. Inclusive, eu já disse
para ela que, apesar de ser Relator de um dos Projetos apresentados por ela, eu
dei um Parecer contrário. E não o fiz pelo fato de ela ser da base do Governo.
Às vezes, nós temos diferenças, inclusive na questão constitucional, mas eu não
tiro o mérito do Projeto, pelo contrário. A Verª Maria Luiza é outra Vereadora
que eu queria elogiar, porque ela não tem sido uma “seguidista” dos ditames do
atual Governo Municipal. Vereador, V. Exª fez esse Projeto, porque a EPTC não
existe; então, méritos para o senhor, Ver. Bins Ely.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti):
Obrigada, Ver. Adeli.
Apregoamos
a Emenda nº 015/07, de autoria do Ver. Almerindo Filho, ao PLE nº 021/07, que
realoca recursos do Programa Gestão Total para o Programa Porto da Inclusão -
Projeto Jogos Paradesportivos de Porto Alegre, no valor de 15 mil reais.
Apregoamos
a Emenda nº 016/07, de autoria do Ver. Almerindo Filho, ao PLE nº 021/07, que
realoca recursos do Programa Gestão Total para o Programa Vizinhança Segura -
Projeto Cidadania e Paz, no valor de 15 mil reais.
O
Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. GUILHERME BARBOSA: Verª Maristela Meneghetti, que dirige os
trabalhos na tarde de hoje; colegas Vereadoras, colegas Vereadores,
inicialmente, eu também quero falar sobre o Projeto de autoria do Ver. Márcio
Bins Ely, que dispõe sobre a tarifa dos táxis, do transporte público
individual. O Projeto de Lei do Ver. Márcio pretende que as tarifas do serviço
de transporte individual de passageiros, dos táxis, deverão ser fixadas entre
os limites de 0,75% e 0,85%, por quilômetro rodado, do valor da passagem
unitária do sistema de transporte coletivo por ônibus. Ver. Márcio, agora, ao
fazer a leitura, eu me dei conta que, possivelmente, V. Exª quis dizer 0,75% e
0,85%, ou 75% ou 85%. Então, será necessária uma Emenda para precisar,
matematicamente falando, o Projeto. E, ao mesmo tempo - na verdade esse é o
mérito do Projeto - ele determina uma proporção entre a tarifa de ônibus,
transporte coletivo e a tarifa do táxi. Aqui são apresentados alguns dados que
já aconteceram na nossa Cidade, uma vez a tarifa do táxi estando maior, nessa
questão do quilômetro, do que a tarifa do ônibus, e vice-versa. Diz V. Exª, na
Exposição de Motivos, que não há uma lógica, enfim, entre as duas tarifas. Eu
quero dizer que esse não é um tema que eu conheça em profundidade, então, eu
estou falando de uma abordagem prévia, preliminar.
Houve
um tempo - aí sim, todos nós acompanhamos, nesta Cidade - em que a Câmara de
Vereadores estabelecia a tarifa de ônibus. Era uma grande confusão; nós víamos
cenas terríveis em cima da Câmara de Vereadores, momentos de pressão muito
forte dos empresários que achavam que a tarifa estava muito baixa, por outro
lado os usuários, que achavam que a tarifa estava muito alta, e, portanto,
criava-se uma situação insuportável em cima da Câmara de Vereadores. Momentos
muito ruins aconteceram - eu ainda não estava aqui, mas todos nós vimos pela
imprensa. Depois, isso foi passado para o órgão do Município, a Secretaria de
Transportes, que junto com o Conselho Municipal de Transportes estabeleceu toda
uma planilha, e a partir daí essa tarifa foi sendo reajustada - me refiro
principalmente a do ônibus. Agora, não tenho conhecimento como, de fato, mas
acredito que também na tarifa do táxi deve haver uma tabela. Se não tem, chamo
V. Exª, Ver. Márcio Bins Ely, para um aparte, para que a gente faça um debate.
Acho que deve ter, para que também se estabeleça a tarifa. De qualquer forma,
eu quero agora manifestar essa opinião, embora provisória, de que os dois modos
de transporte têm custos diferenciados, com certeza, no que se refere à
combustível, no que se refere à mão-de-obra, aos pneus, e assim por diante. Tem
proporções diferenciadas em um meio de transporte e no outro. Então,
estabelecer uma relação permanente entre os dois meios de transporte talvez não
seja adequado, mas, repito, estou num debate preliminar. Ouço o aparte de Vossa
Excelência.
O
Sr. Márcio Bins Ely: Agradeço,
Ver. Guilherme Barbosa, pelo aparte. Na realidade, esse mesmo procedimento
ocorreu com relação ao táxi-lotação. Hoje, nós temos três modais na Capital que
dizem respeito ao transporte: o ônibus, o táxi-lotação e o táxi. Hoje, o
táxi-lotação está vinculado ao ônibus, e esse é o pleito da categoria dos
taxistas, que se manifestou através do Sindicato, para que se pudesse fazer uma
tabela que equalizasse os custos dos modais e não permitisse grandes
distorções.
O
Sr. Márcio Bins Ely:
Formalmente nós ainda não temos uma manifestação do Executivo, mas o Projeto de
Lei é flexível. Ele flexibiliza dos 0,75% aos 0,85%, permitindo uma margem. Em
realidade, nós fizemos uma comparação, por exemplo, Ver. Guilherme Barbosa, com
o ano 2001, quando a tarifa de ônibus custava R$ 0,95 e o táxi era R$ 1,10,
hoje nós temos o ônibus a R$ 2,00 e o táxi a R$ 1,37 o quilômetro rodado. Este
tipo de distorção é o que a categoria dos taxistas entende, e vai estar
superada a partir da vinculação automática, como a exemplo do lotação, e que se
possa dar esse tipo de tratamento para a categoria do táxi. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver. Guilherme.
Apregoamos
a Emenda nº 17, de autoria do Ver. Ervino Besson, ao PLE nº 021/07, Capeamento
Asfáltico da Rua da Bondade no bairro Cavalhada.
Apregoamos
a Emenda nº 18, de autoria do Ver. Ervino Besson, ao PLE n° 021/07, na Rua da
Fraternidade no bairro Cavalhada.
(É
feita a entrega do cartão.)
O
Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Srª
Presidenta, Maristela Meneghetti; Vereadores e Vereadoras, estamos discutindo a
Pauta, e há pouco foi relacionado o Projeto de Lei do Ver. Márcio Bins Ely, que
dispõe sobre a concessão de reajustes tarifários para o serviço de táxi,
estabelecendo o limite de 0,75% a 0,85%. Em princípio, não sou contra este
Projeto, mas quero lembrar um tempo em que o Ver. Márcio Bins Ely não era
Vereador e havia a relação entre os ônibus e os táxis-lotação: os proprietários
dos táxis-lotação julgavam que a tarifa estava muito alta e quiseram reduzir o
preço da passagem do lotação; a Prefeitura da Administração Popular impediu a
redução da tarifa! Impressionante, não é, senhoras e senhores? O empresário
queria reduzir o custo da tarifa, e a EPTC se recusou a reduzir o preço da
tarifa! Então, essa vinculação percentual é boa, porque dá o reajuste
automático, mas também, já que a Lei estabelece, uma eventual redução estará
contra a Lei. Assim fica difícil!
O
Sr. Guilherme Barbosa: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Nedel, como eu disse
anteriormente, o sistema tem que ser complementar entre os vários tipos de
transporte: o ônibus, o táxi-lotação e o táxi. Aconteceu isso que V. Exª está
dizendo: houve um momento em que os empresários dos táxis-lotação queriam
baixar o preço da passagem - e era possível -, mas, se fosse dada aquela
redução, ela iria retirar o transporte do ônibus, que é o centro do sistema.
Então, parece uma contradição, mas de fato não é, porque o transporte coletivo
principal numa cidade é o ônibus. E se retirar, deixando em dificuldade essa parte, o
sistema como um todo, depois, vai perder. Essa era a razão.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sim, entendo;
eu vejo a importância disso, mas se nós aumentarmos o percentual agora, no
momento em que o custo, o preço da tarifa de táxi for elevado, também não vai
ser possível baixar. Então, há essas possibilidades! Em compensação, acho
justo, vai dar um aumento do custo do táxi e eu não sei se vai dar um bom
resultado financeiro para os taxistas.
O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. João Carlos Nedel, eu quero
contrariar V. Exª muito respeitosamente. V. Exª é Contador, mas eu vejo que uma
lei não vai proibir que, de repente, o taxista queira fazer um preço mais
barato. Eu recordo, porque fiz parte do Sindicato da Indústria de Panificação
do Estado, e, na época, o pão era tabelado por Lei, Vereador, e quem controlava
isso era a ABIP, e mesmo com tudo isso não proibia uma padaria que quisesse
vender o pão por um preço mais barato. Vejo que a lei não vai ter esse
problema, pelo menos na minha visão, Vereador.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Pois é, mas
efetivamente aconteceu; a autoridade competente não permitiu a redução da
tarifa.
O Sr. Márcio Bins Ely: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Nedel, com relação à colocação de V.
Exª, eu gostaria de reforçar que esse Projeto de Lei flexibiliza o valor da
tarifa do táxi; ele permite um percentual de 0,75% e um de 0,85%. Quem vai
arbitrar essa zona que fica nesse intermédio de, digamos assim, 10%, vai ser o
Poder Executivo por meio dos técnicos e das pessoas que têm qualificação e
capacitação para fazer esse tipo de avaliação; ele não é um processo automático
como o do táxi-lotação, que é um gatilho automático fechado. Esse nosso Projeto
de Lei tem uma margem de flexibilização.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Eu entendo,
Vereador, e devo dizer que o do táxi-lotação também é flexível, e a autoridade
da época não permitiu a redução da tarifa. Mas acho que o seu Projeto é muito
importante para esta Casa.
Sobre isso o Ver. Adeli Sell veio aqui e falou
algumas coisas exageradas,
dizendo que a EPTC não existe. Pois é, o Sr. Pitol está aqui à disposição de
todos os Vereadores. O Pitol recebeu o Ver. Adeli Sell recentemente, respondeu
a todos os Pedidos de Informações. Então, por que criticar se pode construir?
Não, em vez de construir tem que destruir; olha, eu acho impressionante! Então,
está aí o Pitol à disposição aqui de todos os Vereadores. Se os Vereadores não
quiserem conversar com ele é outra coisa, porque eles querem é ter crítica e
não construção. Obrigado, Srª Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver. João Carlos Nedel.
Apregôo
a Emenda nº 19 ao PLE nº 021/07 - Criação do Centro de Eventos da
produção primária da Vila Nova.
Apregôo
a Emenda nº 20 ao PLE nº 021/07 - Feira Agropecuária da produção
primária de Porto Alegre. Ambas as Emendas são de autoria do Ver. Ervino
Besson.
O
Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma
Srª Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; nobres Vereadores e Vereadoras,
primeiramente vou tecer considerações sobre o PLL nº 177/07, de minha autoria. Quando o Ver.
João Antonio Dib fez as suas considerações, eu acredito que ele não tenha
entendido, não tenha avaliado com profundidade o que esse Projeto estabelece:
que em um raio de quinhentos metros, todos os colégios de Porto Alegre,
colégios de bairros, principalmente os colégios de crianças... Não é fazer um
monte de faixas de seguranças, não; é interligar cada quarteirão, ao menos, com
uma faixa de segurança. Em suma, o mérito desse Projeto é fazer com que os
nossos filhos que estejam residindo dentro desse perímetro, desse raio de
quinhentos metros, que as faixas sejam radiais, direcionadas ao centro, em
direção ao colégio, para que o nosso filho, levado pela mão de uma empregada,
ou levado pela mão de sua avó, ou, de repente, por um irmão, possa fazer, a pé,
o percurso da sua casa até o colégio; que ele possa percorrer o caminho e
chegar ao seu destino sempre atravessando as ruas sobre uma faixa de segurança.
Logicamente, não precisa haver, em cada esquina, uma faixa de segurança; é um
quarteirão interligado ao outro, em sentido radial ao colégio em um perímetro
de 500 metros. Eu passo de um quarteirão para o outro em uma faixa de segurança
sempre em direção ao colégio. Quer dizer que não precisa haver uma faixa de
segurança em cada esquina, apenas uma de quarteirão para quarteirão,
interligando até chegar ao colégio. Esta é a proposta deste Projeto; é simples,
é notório, é cultural e, com certeza, vai evitar um monte de acidentes,
principalmente com os nossos filhos.
Temos
aqui um Projeto do Ver. Newton Braga Rosa, que institui o Dia da Guarda
Municipal, a ser comemorado anualmente, no dia 3 de novembro, passando a
integrar o Calendário Oficial de Eventos do Município de Porto Alegre. Acho
justo que a nossa Guarda Municipal tenha o seu dia, mas também questiono a
nossa Guarda Municipal, que tem de estar mais atuante, principalmente no bairro
Menino Deus, Ver. Brasinha, em que há, durante o dia, ao redor do supermercado
Zaffari, uma proliferação de assaltos às lojas, aos transeuntes, aumentando
dia-a-dia, causando verdadeiro pavor dentro do pequeno comércio do Menino Deus.
Eu acho que, principalmente durante o dia, a Guarda Municipal poderia
deslocar-se mais, cobrir esses locais. E, à noite, então, nem se fala. A nossa
Brigada está muito mais preocupada com os “flanelinhas”, com não-sei-o-quê;
agora, nos assaltos, nos tiros, nas mortes, nesses nós temos sentido falta de o
brigadiano, de a nossa Guarda Municipal serem mais atuantes.
Bairro
Menino Deus, Secretário Krieger! Por favor, vamos botar a nossa Guarda
Municipal a rodar no Menino Deus!
O
Sr. Alceu Brasinha: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Ismael Heinen, eu queria
voltar um pouquinho, quando V. Exª falou nas faixas de segurança dos colégios.
Independente do local, vamos fazer de conta: se tiver alguém que é lá do
bairro Higienópolis e estuda aqui no bairro Menino Deus, como é que funcionaria
a faixa de segurança, Vereador?
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN:
Já lhe explicarei, nobre Vereador: é como expliquei, é um raio do colégio; no
colégio de Higienópolis, são 500 metros o raio que deverá estar interligado
para que o pedestre possa levar o seu filho até o colégio; são só 500 metros.
Não vem até o Menino Deus; é lá dentro, ao redor, no entorno do colégio.
O
que acontece hoje pela lei da EPTC? Se não tiver um fluxo naquelas ruas -
porque eles fazem as medições de fluxo - mesmo na frente dos colégios eles não
colocam as faixas de segurança. Então, os nossos filhos estão sujeitos a atravessarem
as ruas sem faixa de segurança para chegarem ao colégio. Então, tem que ter uma
lei municipal que possa dar força à EPTC para executar isso. São apenas 500
metros. Se forem mais de 500 metros, ele vai de condução. É apenas para
interligar, em cada colégio, os quarteirões que estão dentro do raio de 500
metros. Isso é cultural, é fazer com que o seu filho, que vai ao colégio, só
atravesse nas faixas de segurança. Isso é cultural e é educativo. Muito
obrigado pela sua intervenção, e agradeço, também, pela oportunidade.
Outro
tema, Srª Presidenta, sobre o qual gostaria de falar neste momento, é sobre o
Canal da Cidadania, um dos quatro canais digitais abertos de televisão que
serão criados com o advento da TV digital para uso da União - os outros três
são: o Canal do Poder Executivo, o Canal da Educação e o Canal de Cultura. O
Canal da Cidadania vai abrir espaço para a programação de teor comunitário e
local, hoje transmitida pelos canais comunitários em sistema fechado, a cabo. A
informação é do consultor jurídico do Ministério das Comunicações, Marcelo
Bechara. Diz ele que está confirmado que o Decreto da TV digital prevê quatro
canais; um deles é o da Cidadania. Está previsto que uma das programações do
Canal da Cidadania seja das programações comunitárias, das comunidades locais.
Segundo o consultor, o Ministério deve, até o final do ano, produzir uma
portaria disciplinando o funcionamento do Canal da Cidadania. Por ser digital,
o Canal pode ter até quatro programações simultâneas, como se fossem subcanais.
A programação comunitária será vinculada em um deles.
No
entanto, Bechara não confirmou se, com a chegada da TV digital, os canais
comunitários, hoje transmitidos em sistema fechado, via cabo, passarão
automaticamente a serem transmitidos no espectro aberto, através de um dos
subcanais do Canal da Cidadania.
O
que ele garante é que a programação de teor comunitário, hoje veiculada nos
canais comunitários, terá, com certeza, o espaço necessário. Canal comunitário
é o Canal da Cidadania, diz. De alguma forma, eles - os atuais canais
comunitários - estarão contemplados; as programações das comunidades locais estarão
contempladas. E, hoje, quem organiza isso, que acaba cumprindo esse papel, são
exatamente esses canais, Ver. Ismael. Então, é quase que uma conseqüência
lógica uma coisa em relação a outra. E a expectativa do segmento é que o
Ministério regulamente o funcionamento do Canal da Cidadania de forma a abrir
espaço para o terceiro setor, ou seja, organizações não-governamentais,
organizações da sociedade civil de interesse público - que esses, então, possam
utilizá-lo. Isso é o que está na Carta da Cidadania, documento final do 5º
Congresso da Associação Brasileira dos Canais Comunitários.
A Carta da Cidadania também declara apoio do setor
para a criação da Empresa Brasileira de Comunicações. Como diz o Presidente da
ABCcom, Fernando Mauro Trezza: “A Empresa Brasileira de Comunicações é
entendida como uma televisão estatal de caráter público e que merece todo o
nosso apoio pelo fato de oxigenar a comunicação no País, trazendo um novo olhar
através da diversidade e da pluralidade”. Isso é, com certeza, absolutamente
necessário. Obrigada pela tolerância, Srª Presidenta. Acredito que todos nós
estamos de parabéns por mais esta conquista.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Verª
Maristela Maffei.
A Verª Clênia Maranhão está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Srª
Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu quero falar sobre
mais um avanço na área da inclusão digital e da política da Prefeitura que
propicia o acesso ao mundo digital, desta vez através da PROCEMPA e da Santa
Casa, que inauguraram o Projeto Estação Digital, que permite que as pessoas
usem aquele espaço, localizado no próprio hospital, para poderem fazer as suas
comunicações num momento extremamente importante das suas vidas.
Eu
queria, também, repercutir com as Sras Vereadoras e os Srs.
Vereadores uma experiência que tivemos ainda na semana passada. Eu falava de um
convite que chegou a esta Casa, da Prefeitura, para nós - Vereadoras e
Vereadores -, para um seminário que aconteceu na parte da manhã, quando um
grupo de pesquisadores da UFRGS, da PUC e da Prefeitura de Porto Alegre
debateram os resultados de uma pesquisa que desvenda as áreas da pobreza da
nossa Cidade, usando uma metodologia bem mais democratizada e ampla do que o
IDH, baseada em todos os modernos conceitos da economia da pobreza, que hoje no
mundo é reconhecido a partir de todos os trabalhados de Amartya Sen.
A
Prefeitura de Porto Alegre, nesse seminário, juntamente com os pesquisadores da
PUC e da UFRGS, nos apresentaram resultado da pesquisa da multidimencionalidade
da pobreza na nossa Cidade. Estávamos presentes eu e a Verª Neuza Canabarro, e
nós pudemos, naquela oportunidade, acompanhar inclusive os resultados dos dados
georeferenciados que mostram as principais demandas e as principais carências
da população da nossa Cidade. E a pesquisa foi apresentada utilizando todas as
regiões do Orçamento Participativo. Esse resultado se constitui num elemento
fundamental para subsidiar uma definição de política pública nas áreas de
Saúde, de Habitação, de Assistência Social e de Educação.
Eu
faço questão de trazer para o Plenário este tipo de debate, porque eu acho
muito importantes todas as contribuições que são dadas para a qualificação do
processo político, e também para que a sociedade porto-alegrense possa se
apropriar dessa metodologia de trabalho da nossa gestão, do Governo José Fogaça
- que procura definir as suas políticas públicas a partir do diagnóstico
técnico e procura se subsidiar dos conhecimentos da universidade para a
definição das políticas públicas à população das áreas de periferia da nossa
Cidade. Nós pudemos ver uma contraposição aos modelos tradicionais de
compreender a pobreza apenas pelo viés da renda; e pudemos também conhecer a
aplicação de uma metodologia que coloca as pessoas - futuros usuários do
programa - como protagonistas das decisões da própria pesquisa. (Mostra o
documento.)
Acho
que com o resultado desta pesquisa, que foi amplamente divulgada pela imprensa,
nós pudemos conhecer melhor Porto Alegre, nós pudemos desvendar os mistérios
das regiões da Cidade, infelizmente tão pouco conhecidas da classe média e
historicamente tão distantes daqueles que formulam e daqueles que definem as
prioridades das políticas públicas do nosso Município. Eu acho que uma
definição das prioridades de aplicação do recurso público tem que ser sempre
baseada nas necessidades, nas avaliações e nas definições democraticamente
tomadas entre os gestores e a população usuária desses serviços.
Então,
as Vereadoras e os Vereadores que não puderam acompanhar esse Seminário, podem,
na página da Prefeitura, na Internet, ou através da imprensa, conhecer os
resultados da mais importante pesquisa feita sobre a pobreza em Porto Alegre.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Ver. João Carlos Nedel; Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, o General de Gaulle não disse que o Brasil não era um País sério.
Mas algum político que gostaria de ter dito e não tinha coragem de dizê-lo
atribuiu isso a ele. Hoje eu tenho minhas dúvidas se realmente os políticos
brasileiros tratam as nossas coisas mais urgentes com a seriedade e a
responsabilidade que devem ser tratadas. Nós vivemos no País das Medidas
Provisórias. Hoje mesmo, os comerciários sendo saudados, com muita justiça, pelo Dia do
Comerciário, lembravam que, há poucos dias, o Presidente Lula havia aprovado
uma Medida Provisória regulamentando a profissão de comerciário. Eu não sei
onde é que se enquadra, na Constituição Brasileira, esse tipo de legislação.
Há algum tempo, talvez há dois anos, o Sr.
Mangabeira Unger chamou o Presidente Lula de o Presidente mais corrupto que o
Brasil teve. Aí, como prêmio, recebeu o Ministério que seria criado através de
Medida Provisória. Como não foi aprovado no Congresso Nacional - e aí o
Congresso teve seriedade -, ele fez, por Decreto, uma Secretaria para o Sr.
Mangabeira Unger. Se o Congresso Nacional tivesse vergonha - e são eles que não
têm vergonha -, teria anulado a Medida do Presidente da República com um Decreto
Legislativo, porque, se a Medida Provisória não cabia, não tinha por que fazer
Medida Provisória. Ele devia aguardar para fazer a legislação necessária, e não
para fazer mais uma Medida Provisória.
Ele vai acabar com a bebida nas estradas. Ele
proibiu, por Medida Provisória, a venda de bebidas nos postos de combustível
que estejam a menos de 50 metros da estrada. Solucionou o problema.
Ora,
Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, há uma série de
Medidas Provisórias que não têm o menor sentido. O que a Comissão de Justiça
trata é se há admissibilidade ou não da medida provisória, mas há uma série de
itens que têm que ser respeitados! Não se pode fazer medida provisória ao sabor
dos interesses de um Presidente num momento. Eu não estou falando só do
Presidente Lula. O Presidente Sarney e o Presidente Fernando Henrique também
fizeram, só que o Presidente Lula está exagerando!
E o General de Gaulle, que não disse que o Brasil
não é um País sério, se tivesse dito, teria acertado, porque olharia para o
Congresso Nacional e veria que este não trata as coisas com a seriedade
necessária. A Constituição, quando instituiu a medida provisória, foi para
tratar de um problema urgente, foi para tratar de uma emergência, de uma
calamidade, de uma necessidade premente, mas não para fazer o Governo do País
através de medidas provisórias. Não! Não foi para isso que foram criadas as
medidas provisórias.
Então, os Presidentes têm exorbitado na edição de
medidas provisórias, e o Presidente Lula é o campeão! Os mesmos que criticavam
os outros Presidentes porque editavam medidas provisórias agora estão fazendo a
mesma coisa: continuam editando medidas
provisórias. Assim como outros dirigentes em relação à Lei nº 8.666, a Lei das
Licitações e que fala sobre emergência ou calamidade pública, que podem tomar
uma série de medidas, mas esquecem que, para que haja emergência ou calamidade
pública, é preciso haver o Decreto. O Prefeito tem que decretar a emergência,
tem que decretar a calamidade pública, e a Defesa Civil do Estado tem que
concordar, tem que analisar se realmente há razões. Nós tivemos Prefeitos aqui
da Administração autodenominada popular que contrataram, na base da Lei nº
8.666, centenas, milhares de pessoas. Até juiz de futebol foi contratado por
medida de emergência, mas esqueceram de decretar a urgência ou a calamidade.
Agora, estamos vendo aí que recentemente houve um contrato de medida de
emergência, mas eu não vi o Decreto.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. José
Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma
Srª Presidenta da nossa Câmara Municipal, Verª Maristela Meneghetti; nobres
Pares, público que nos assiste, não poderia deixar de trazer esse problema
sério que nos afeta a todos, que é o problema do nosso leite aqui no Brasil -
só faltava essa -, causando verdadeiro pânico nas famílias, inclusive aqui no
Estado do Rio Grande do Sul. Verdadeiro pânico está-se estabelecendo naquele
que bebe leite! Que bebe leite, Ver. Dr. Raul! Estamos, todos nós, inclusive
eu, nessa situação. Eu penso que vou ter de fazer um exame para ver se estou
contaminado ou não. Estão descobrindo, perto de Porto Alegre, caixas e caixas
de leite, enterradas, soterradas!
Eu pergunto: e a fiscalização? Cadê a Anvisa? Cadê
os fiscais? Cadê o Ministério da Agricultura? Este País não pode ser sério,
gente! Leite; criancinhas recém-nascidas, de repente, tomando veneno, tudo que
não faz bem. Olha, é uma tristeza, é um descaso muito grande para com a vida, é
um descaso com a solidariedade. Inclusive já está solto o técnico que elaborou
essa mistura que, com odores iguais, com cores iguais, não é detectada pelo
gosto, nem pela visão. Está livre! O que é que poderíamos dizer disso, gente?
Isso dá uma sensação de impunidade! Nós, que somos responsáveis, politicamente,
por estes momentos da nossa Pátria, precisamos desenvolver, com os impostos que
cobramos, uma fiscalização séria neste País!
Num programa, inclusive, foi perguntado ao
engenheiro químico se o frigorífico era fiscalizado. Ele disse que sim. Uma
fiscalização visual, talvez. Agora, de repente, se estão fazendo isso com o
leite, será que não estão fazendo com a erva-mate? Será que não estão fazendo
com os refrigerantes? Já que não há fiscalização e se esta é insipiente, nós
temos de modernizar as nossas fiscalizações, sim!
Ver. Haroldo de Souza, eu sei, falei diversas
vezes, só não podia deixar
passar em branco essa preocupação que atinge a todos nós que bebemos leite. Com
certeza, estão se perguntado, se naquela vez em que teve uma náusea, uma noite
maldormida, será que não foi pela ingestão de leite?
Presidente
Lula, vamos viajar um pouco menos, vamos cuidar mais deste País, vamos ter mais
responsabilidade com as coisas públicas, com as políticas públicas,
principalmente da Saúde! Este País rico e maravilhoso não merece esse crime,
não é nem crime ambiental, é crime contra a vida! O que custa, de cada lote de
fabricação, pegar-se três a quatro caixas, em cada Município, em cada Capital,
e examinar, deveras, quimicamente, para ver se há coisas que não possam ter
dentro do leite.
Imaginem
os nossos produtores de leite, com certeza vai cair assustadoramente o consumo
de leite, atingindo a economia das microempresas rurais deste Brasil, do nosso
Estado também, que estava se recuperando com o preço que estava vindo do leite.
Isso, como eu digo, está na contramão da história administrativa deste País.
Isso realmente me afeta, me afeta, pois eu sou um consumidor de leite; tomo
como remédio, e, de repente, estou sujeito a problemas, mas não sou só eu, mas
também aquelas crianças inocentes. Vamos pensar, gente! Eu acho que nós temos
que ser conscientes - não sei o que fazer -, fico impotente vendo essas coisas
acontecerem dia após dia; e essas pessoas estão livres. A impunidade deste País
é muito séria, gente! Eu acho que é isso que faz com que as pessoas tenham
coragem de fazer o que estão fazendo com o leite lá em Minas Gerais. De repente
nós não sabemos se não está acontecendo aqui no Estado do Rio Grande do Sul
também. Muito obrigado, Srª Presidenta e nobres Vereadores.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O
SR. HAROLDO DE SOUZA: Srª
Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, eu acho que se eu perguntar a todos vocês que estão aqui, neste
momento, e a quem se encontra em casa nos acompanhando pela TVCâmara, todos
dirão que gostariam, sim, de ter a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Acho, para
quem gosta de futebol - um lá já está dizendo que não. Eu queria dizer que
amanhã, ao meio-dia, se decide, em Zurique, na Suíça, a sorte do Brasil para o
Mundial de 2014. Na minha carreira de locutor esportivo, fiz dez Copas do
Mundo. Comecei naquela de 1970, no México, quando estava começando a televisão
a cores, até a última Copa do Mundo, que foi realizada na Alemanha, passando
sempre por países evoluídos economicamente, superiores a nós em todos os
sentidos.
Eu
fiz uma listinha rápida para fazer algumas indagações, para que vocês
acompanhem o raciocínio, Ver. Mauro Pinheiro - cada vez que eu vejo o Mauro
Pinheiro, Vereador do PT, lembro de um dos mais completos comentaristas do
rádio brasileiro, o Mauro Pinheiro, grande amigo meu, conhecedor profundo de
futebol. Transporte aéreo, que é tão necessário para realização de uma Copa do
Mundo; transporte aéreo. Para um país-continente como o nosso, se já é difícil
na Argentina, que é pequena, se é difícil no Japão atender a toda demanda que
acarreta um campeonato mundial de futebol, países pequenos como são o Japão, a
Coréia, imaginem para o Brasil, que é um país-continente, e o transporte aéreo
está um caos. Porque nós, como todo o ser humano, depois que a tragédia passa,
nós a esquecemos. Lembramos vagamente que recentemente um bólido atravessou a
pista do Aeroporto de Congonhas, atingiu um prédio, e ali morreu um monte de
pessoas. Por quê? Porque ali não pode descer avião de grande porte; está
provado tecnicamente que não pode! Mas continua descendo avião de grande porte
no Aeroporto de Congonhas em São Paulo por interesses financeiros. É aquela
história que eu disse para vocês: o dinheiro, no momento, no mundo, é a maior
maldade, é o maior estrago, perde-se amigo, cria-se inimizade, matam-se
pessoas, fazem as guerras por causa do armamento. Então o nosso transporte
aéreo está um caos! Teremos capacidade de melhorar isso até a Copa do Mundo de
2014?
Rede
hoteleira? O.k. Temos hotéis fantásticos em todas as principais capitais
do País onde teremos jogos.
Transporte
urbano. Vamos supor que em Porto Alegre o Beira-Rio seja, em primeira vista, o
estádio escolhido. Transporte para o Beira-Rio, o.k? Tudo bem. É próximo
do Centro de Porto Alegre, acho que não há problema. Mas, se colocarem jogos no
Mundão do Arruda, no Recife, está feita a anarquia! Primeiro, porque o
visitante não chega lá, pois os ônibus são terríveis. Mas vai melhorar a frota
de ônibus até 2014, não a nossa, mas de outras sedes do País. Teremos realmente
o metrô, ao menos deixando ali pela Av. Praia de Belas, aí as pessoas podem ir
a pé, olhando o Beira-Rio.. Não sei, no futuro pode ser a Arena do Grêmio, eu
estou falando no momento.
Segurança
nos estádios, o.k., tudo bem, temos condições perfeitamente, Verª
Maristela Maffei, de darmos segurança dentro de todos os estádios do Brasil
para a Copa do Mundo de 2014. Nas ruas, nós temos condições de dar segurança
aos turistas, às pessoas que estarão aqui, batalhões de jornalistas e de
turistas? Não temos! Assistência médica, acho que está o.k., temos
condições, estamos avançados na Medicina.
Eu
sou contra o Campeonato Mundial de 2014 aqui, não pelo fiasco que o Brasil
possa fazer, mas principalmente porque - e aí vem o dinheiro - essa Copa do
Mundo será realizada no Brasil por dois interesses. Dois segmentos têm
interesses econômicos na Copa do Mundo, no Brasil, além do meu desejo, amante
de futebol que sou, que gostaria de assistir à Copa, sim, mas sei da realidade
- por ter acompanhado outras dez Copas do Mundo ao vivo - que nós não temos
condições, no momento, de fazer uma Copa do Mundo.
A
CBF - Confederação Brasileira de Futebol -, de Ricardo Teixeira, chega ao
Congresso, Ver. Sebenelo, e breca a CPI contra o Corinthians, porque, se abrir
uma CPI contra o Corinthians, aquele bandidão lá que veio da Rússia e que está
escondido em Londres, atinge a CBF. E, se pegar a CBF, o bicho come! Então, a
CBF e a Rede Globo de Televisão serão os grandes beneficiados, financeiramente,
com o Campeonato Mundial de Futebol. Nada contra em a Rede Globo aumentar seu
poderio financeiro; nada contra! Mas que fique claro que, nos pontos de
transmissão de canais de rádio e de televisão e posições de jornais, se abra
uma concorrência para a Rede Record, Rede Bandeirantes, enfim, todas as redes do
Brasil, e não especialmente para a Globo. Por quê? Outra vez o dinheiro está na
parada, e é preciso se pensar sobre isso.
Por
isso é que amanhã, ao meio-dia, estarei torcendo fervorosamente para que o
Brasil não seja escolhido. Já foi, mas lá no meio do caminho ainda há tempo de
reparar esse erro. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Havendo quórum, passamos à
Em
votação o Requerimento, de autoria das Lideranças da Casa, para a apreciação
das seguintes matérias constantes na Ordem do Dia: primeiro, Reunião Conjunta
das Comissões Permanentes para a análise do Parecer Conjunto ao PLCE nº 007/06;
logo após os Projetos: PLL n° 184/07, PLL nº 029/07, PLL nº 020/07 e PLL nº 243/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Estão
suspensos os trabalhos para a Reunião Conjunta das Comissões.
(Suspende-se
a Sessão às 17h51min.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti – às 18h36min): Estão reabertos os trabalhos.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 6265/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 184/07, de autoria do Ver. Claudio Sebenelo,
que concede o título honorífico de Cidadã de Porto Alegre à Dr.ª Themis
Reverbel da Silveira.
Parecer:
- da CCJ. Relator Ver. Almerindo
Filho: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do
Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2.º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia por força do
art. 81 da LOM, em 29-10-07.
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Em discussão o PLL nº 184/07. (Pausa.) Não há quem queira
discutir. Em votação nominal o PLL nº 184/07.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO (Requerimento): Por
gentileza, solicito o adiamento da votação deste Projeto por uma Sessão.
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. Claudio
Sebenelo, solicitando o adiamento da votação do PLL nº 184/07 por uma Sessão.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 1251/07 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 029/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que acrescenta inc.
III ao art. 2º-A da Lei nº 8.880, de 16 de janeiro de 2002, e alterações
posteriores, que disciplina, no Município de Porto Alegre, a venda domiciliar
de gás engarrafado, exigindo da empresa requerente, para a emissão do Alvará de
Autorização, comprovação de inscrição e recolhimento de contribuição previdenciária
junto ao Instituto Nacional do Seguro Social – INSS.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica
para a tramitação do Projeto;
- da CEFOR.
Relatora Ver.ª Maristela Meneghetti: pela rejeição do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. José Ismael Heinen: pela rejeição do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 17-10-07.
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti):Em discussão o PLL nº 029/07.
O
SR. DR. GOULART (Requerimento): Solicito
o adiamento da discussão do PLL nº 029/07 por uma Sessão.
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. Dr. Goulart,
solicitando o adiamento da votação do PLL nº 029/07 por uma Sessão. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
A
SRA. CLÊNIA MARANHÃO (Requerimento): Solicito
verificação de quórum.
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Solicito a abertura do painel eletrônico, para verificação de quórum,
solicitada pela Verª Clênia Maranhão (Pausa.) (Após a apuração nominal.) Doze
Vereadores presentes. Há
quórum para discussão.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1084/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 020/07, de autoria do
Ver. Carlos Todeschini, que cria o Programa Municipal de Prevenção, Redução e
Compensação de Emissões de Dióxido de Carbono (CO2) e Demais Gases
Veiculares de Efeito Estufa, determina a criação de fundo municipal para a
redução de CO2 e demais gases veiculares de efeito estufa e dá
outras providências.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Mario Fraga: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator
Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto;
- da COSMAM. Relator Ver. Aldacir
Oliboni: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 22-10-07.
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Em discussão o PLL nº 020/07. (Pausa.) O Ver. Mario Fraga
está com a palavra para discutir o PLL nº 020/07.
O SR. MARIO FRAGA: Presidente, Verª Maristela Meneghetti, eu
já estive discutindo com o Ver. Carlos Todeschini, autor do Projeto, que neste
momento deve estar em seu gabinete atendendo, como é praxe aqui nesta Casa -
nós todos estamos nos nossos gabinetes despachando -, e eu tenho a impressão de
que esse Projeto vem se somar, neste mundo globalizado em que nós vivemos, no
que diz respeito, principalmente, aos cuidados que nós temos que ter com a
nossa natureza, com o nosso meio ambiente.
Eu
não sou um especialista em dióxido de carbono, mas o Ver. Carlos Todeschini deu
uma explicação que me convenceu. Então, hoje, venho dizer que a idéia é votar
favoravelmente ao Projeto do Ver. Carlos Todeschini. Mesmo ele não sendo da
nossa Bancada, mesmo ele não sendo do Governo. Hoje, pelos cuidados que nós
temos que ter, Ver. Brasinha, com o nosso meio ambiente, com a nossa Cidade, com
o nosso Estado e com o nosso País, eu estou discutindo favoravelmente
Vereadora-Presidente, porque eu acho que é um Projeto importante.
Talvez,
neste momento, para quem nos assiste, falar em dióxido de carbono não interesse
muito. Eu mesmo me penitencio, Ver. Mauro, porque já fui de uma corrente que,
às vezes, não dava bola para o meio ambiente. Mas, hoje, eu sou consciente. Nós
temos os nossos filhos e, futuramente, teremos os nossos netos, então, nós
temos que cuidar do meio ambiente. Então, eu dou os parabéns ao Ver. Carlos
Todeschini, por ter encaminhado a esta Casa um Projeto tão nobre. Muito
obrigado. Palmas.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. ADELI SELL (Requerimento): Srª Presidente, solicito o adiamento, por
uma Sessão, da discussão do PLL nº 020/07.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, art. 158 do Regimento
(Lê.): “Anunciada a Ordem do Dia, proceder-se-á a verificação do quórum que
deverá contar com a presença mínima de maioria absoluta dos Vereadores nos
termos deste Regimento. Constatada a existência de quórum para a instalação da
Ordem do Dia, será admitida a discussão com a presença de um terço dos
Vereadores”. A Diretoria Legislativa vai dizer que, quando se pede a
verificação de quórum, não é para discussão, é para a Ordem do Dia: precisaria
de 19 Vereadores, e não 12. Eu quero deixar bem claro, e acho que é uma questão
que tem que ser discutida amplamente na Diretoria Legislativa e na Comissão de
Justiça também.
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver. João Antonio Dib.
Em
votação o Requerimento de autoria do Ver. Adeli Sell, que solicita o adiamento
da discussão do PLL nº 020/07 por uma Sessão. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
O SR. ALCEU BRASINHA: Srª
Presidenta, solicito verificação de quórum.
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Solicito a abertura do painel eletrônico, para verificação de quórum,
solicitada pelo Ver. Alceu Brasinha. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) Nove
Vereadores presentes. Não há quórum. Estão encerrados os trabalhos da
presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 18h48min.)
* * * * *